Em processo de fusão, PSB e PPS deverão ter mais uma vez posturas distintas na votação da Medida Provisória (MP) 664, que torna mais rígidas as normas para o pagamento da pensão por morte. Enquanto o PSB tende a votar com o governo, o PPS se manterá na linha oposicionista, obstruindo a votação e se colocando terminantemente contra a medida.
A palavra final dos partidos será dada nesta terça-feira (12), após reunião das bancadas, mas os líderes já têm um termômetro de como deve se encaminhar a votação. “Acho que nessa MP tem menos resistência para votar a favor. Acredito que vamos ter mais parlamentares a favor”, previu o líder da bancada do PSB, Fernando Coelho Filho (PE).
O deputado contou que já recebeu manifestações de alguns dos 32 parlamentares da bancada avisando que vão apoiar a MP. Na votação da MP 665 (que mudou as regras de concessão do seguro-desemprego e do abono salarial), sete pessebistas votaram com o governo. “Acho que nesta (votação) vamos ter mais”.
Já o PPS, integrado na oposição ao lado do PSDB e DEM, avisa que continuará votando contra o pacote do ajuste fiscal. “Nossa posição é contrária. Não vamos apoiar um pacote cuja demanda é o interesse do governo, que gastou mais em ano eleitoral e não apresenta agora um gesto de que as despesas vão diminuir”, justificou o líder do partido na Câmara, Rubens Bueno (PR).
Em plena tratativa para a fusão, PPS e PSB vêm adotando posições diferentes em cada votação e, por enquanto, não tentam assumir uma postura unificada no plenário. Os partidos sequer conversam sobre como suas bancadas votarão e alegam que, como ainda são duas siglas independentes, devem atuar de forma independente. “Não faz sentido neste momento”, declarou Coelho. “Não soa adequado agora”, concordou Bueno.