“A droga é feito cupim. É um bicho que vai corroendo a gente. E não só o meu filho, mas a todos nós”, desabafou o idoso Pedro José, 65 anos, pai de Marcelo, 33, dependente químico desde os 15. Além de um grave problema de saúde pública, as drogas destroçam famílias.
De um lado, os doentes debilitados, perdidos e que não reconhecem o vício. Do outro, parentes em busca de socorro para os usuários e para si mesmos. Uma batalha vivida diariamente dentro de casas de várias classes sociais.
Segundo o Relatório Mundial e Drogas de 2015, divulgado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes, mais de 245 milhões de pessoas no mundo já fizeram uso de drogas ilícitas. Dessas, 27 milhões fazem um uso problemático de entorpecentes. Contudo, apenas um em cada seis pessoas com uso abusivo têm acesso ao tratamento. Entre os principais obstáculos está a negativa pelos cuidados.
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