Diante de muitas pesquisas eleitorais e outros tantos que fazem projeções para as eleições deste ano um fator nunca é colocado como atenuante: o número de eleitores que se abstém de votar e os votos nulos.
Com a profunda crise política e a enxurrada de Operações como Lava Jato que envolveu principais quadros de Brasília o eleitor brasileiro poderá fazer uma eleição de protesto neste pleito. Quero deixar claro aqui que não sou a favor disso e nem tampouco acho democrático.
Tivemos duas eleições recentes que exemplifica bem essa assunto, em junho deste ano aconteceu a Eleição suplementar no Estado do Tocantins, na apuração 23,46% votaram nulo e 2,59% em branco totalizando 26,05% de votantes que decidiram em não decidir. Isso é tão gritante que o segundo colocado nesse pleito, o Vicetinho Alves obteve 24,86% dos votos válidos. Ou seja, os votos brancos e nulos foram maior que o segundo colocado. Ano passado, na eleição sumplentar no Amazonas o número foi de 23,79% de brancos e nulos.
Em Pernambuco, tradicionalmente isso não passa da casa dos 20%, exemplo de 2014, mas o contexto esse ano poderá atingir também na eleição proporcional. Em Carpina por exemplo, segundo pesquisas 40% do eleitorado não tem ainda um candidato a deputado definido e nem sabe se vai votar para esse cargo.
Por fim, nessa reta final de campanha, os candidatos terão que além de driblar seus adversários precisarão convencer o eleitor indeciso e o ‘revoltado’ com o segmento. Uma trabalho duplo que não tinha em outras épocas. (Elielson Lima)