Por Mariza Tavares — g1/Rio de Janeiro – O cigarro causa 8 milhões de mortes por ano e, se você (ou alguém que você ama) ainda fuma, pode vir a fazer parte dessa lista. Em compensação, os benefícios de parar são quase imediatos. Apenas 20 minutos após deixar de fumar, a frequência cardíaca melhora. Entre um e nove meses, a tosse e a falta de ar diminuem. Entre cinco e 15 anos, o risco de sofrer um acidente vascular cerebral (derrame) se compara ao de um não fumante. Em 15 anos, o risco de doença cardíaca se torna igual ao de alguém que nunca fumou. A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem uma lista com mais de cem razões para uma pessoa banir o cigarro de sua vida. Escolhemos apenas 20, para servirem de inspiração como resolução de fim de ano. Boa sorte e um ótimo 2026!
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O cigarro causa 8 milhões de mortes por ano. Em compensação, os benefícios de deixar o tabaco são quase imediatos — Foto: Geralt para Pixabay
- O uso de tabaco é responsável por 25% de todas as mortes por câncer no mundo.
- Mais de um milhão de pessoas morrem anualmente devido à exposição ao fumo passivo.
- Os cigarros continuam sendo uma causa importante de incêndios acidentais e mortes resultantes deles.
- Cigarros eletrônicos também expõem não fumantes e pessoas ao redor à nicotina e a outros produtos químicos nocivos.
- Tudo fica com mau cheiro: sua pele, suas roupas, seus dedos e seu hálito. A casa inteira!
- Faz os dentes ficarem amarelos e cria um excesso de placa bacteriana.
- Fumar envelhece a pele prematuramente ao desgastar as proteínas que lhe dão elasticidade.
- Filhos de fumantes sofrem com redução da função pulmonar, o que pode continuar a afetá-los na forma de distúrbios respiratórios crônicos na idade adulta.
- O uso de tabaco pode impactar negativamente as interações sociais e os relacionamentos.
- O fumo contribui para a pobreza ao desviar os gastos domésticos de necessidades básicas, como alimentação e moradia, para o tabaco.
- O tabagismo sobrecarrega a economia global com um custo estimado de US$ 1,4 trilhão em despesas de saúde para tratar as doenças causadas pelo fumo e em perda de capital humano devido a doenças e mortes.
- Fumantes têm maior probabilidade de sofrer de infertilidade. Parar reduz a dificuldade em engravidar, partos prematuros, bebês com baixo peso ao nascer e abortos espontâneos.
- Fumar está associado à disfunção erétil. O fumo restringe o fluxo sanguíneo para o pênis, gerando incapacidade de obter uma ereção. Também diminui a contagem de espermatozoides, a motilidade e altera o formato dos espermatozoides nos homens.
- Mais de um milhão de crianças trabalham no cultivo de tabaco, o que afeta não apenas a sua saúde, mas também sua capacidade de frequentar a escola.
- Os produtos de tabaco aquecido são, por si só, produtos de tabaco; portanto, mudar dos convencionais para esses não equivale a parar de fumar.
- Fumantes têm até 22 vezes mais probabilidade de desenvolver câncer de pulmão durante a vida do que não fumantes. O tabagismo é a principal causa da doença, sendo responsável por mais de dois terços das mortes pela enfermidade no mundo.
- Um em cada cinco fumantes desenvolverá Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) ao longo da vida, especialmente aqueles que começam durante a infância e adolescência.
- O tabagismo mais do que duplica o risco de transformar a tuberculose de um estado latente para um estado ativo, sendo conhecido por agravar a progressão natural da doença. Cerca de um quarto da população mundial tem tuberculose latente.
- Fumantes têm até duas vezes mais risco de sofrer um derrame e um risco quatro vezes maior de doenças cardíacas. A fumaça danifica as artérias do coração, causando o acúmulo de placas e o desenvolvimento de coágulos, restringindo assim o fluxo sanguíneo e levando, eventualmente, a tais eventos.
- Fumantes correm um risco significativamente maior de desenvolver leucemia mieloide aguda; câncer nas cavidades nasais e seios paranasais; câncer colorretal, renal, hepático, pancreático, estomacal ou ovariano; e câncer do trato urinário inferior (incluindo bexiga, ureter e pelve renal). Alguns estudos demonstraram uma ligação entre o tabagismo e o risco aumentado de câncer de mama, particularmente entre fumantes intensas e mulheres que começam a fumar antes da primeira gravidez.