Por Janize Colaço, g1 — São Paulo – O prêmio da Mega da Virada 2025 colocou o concurso em um patamar inédito. A Caixa Econômica Federal informou que o valor a ser sorteado no dia 31 de dezembro chegou a R$ 1 bilhão, superando todos os registros anteriores das loterias na América Latina.
Com tamanha bolada, as opções sobre o que fazer com o dinheiro são inúmeras — sobretudo se apenas um vencedor levar toda a bolada para casa.
Para quem está sonhando com o prêmio, e não sabe o que fazer com o dinheiro, o g1 elencou o que é possível comprar com R$ 1 bilhão. Veja a seguir:
Imóveis e terrenos de luxo
- Mansão Pritzker
Quem levar sozinho o prêmio estimado de R$ 1 bilhão da Mega da Virada poderia, por exemplo, comprar uma das mansões mais caras à venda nos Estados Unidos.
Em Beverly Hills, a chamada Mansão Pritzker está no mercado por US$ 175 milhões — o equivalente a cerca de R$ 971 milhões. O imóvel ficou conhecido entre vizinhos como “Grand Hyatt Bel-Air”, em referência à família Pritzker, herdeira do grupo hoteleiro Hyatt.
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A Mansão Pritzker está à venda pelo equivalente a cerca de R$ 971 milhões. — Foto: Reprodução/YouTube
Construída no topo de uma colina, a propriedade ocupa um terreno de aproximadamente 2,4 hectares (24 mil m²) e oferece vista panorâmica para toda a região metropolitana de Los Angeles.
A casa principal tem cerca de 4,6 mil metros quadrados, com 16 quartos e 27 banheiros, além de casa de hóspedes e acomodações para funcionários. O projeto inclui ainda uma garagem subterrânea com capacidade para cerca de 100 veículos, pensada para receber grandes eventos.
Entre os itens de lazer, a mansão reúne piscina infinita com vista para a cidade, quadras de tênis e basquete, pista de boliche, cinema, centro de bem-estar e adega climatizada.
- Fazenda Serra Negra
Para quem prefere investir no Brasil, uma alternativa é adquirir uma propriedade de valor cultural. No Piauí, a Fazenda Serra Negra — colocada à venda por cerca de R$ 1 bilhão — teve papel relevante na ocupação da região e foi uma das principais fazendas da antiga Freguesia de Nossa Senhora da Conceição, criada em 1739.
O imóvel é tombado como patrimônio histórico do estado e está localizado na divisa entre os municípios de Aroazes e Santa Cruz dos Milagres, a aproximadamente 230 quilômetros de Teresina.
Com cerca de 176 mil hectares, a propriedade opera como uma estrutura autossuficiente. O complexo reúne mais de 380 quilômetros de estradas internas, aproximadamente 950 quilômetros de cercas e cerca de 15 quilômetros de rede elétrica, além de uma pista de pouso com 1 quilômetro de extensão, 17 currais, açudes e poços tubulares.
A infraestrutura inclui ainda dezenas de edificações: são 35 casas de alvenaria e mais de 50 moradias de taipa, além de escola, laboratório, farmácia, oficina mecânica, borracharia e um posto interno de combustíveis.
- Triplex da Luciana Gimenez
Para quem não faria questão de gastar toda a bolada em um único bem, o prêmio de R$ 1 bilhão da Mega da Virada permitiria montar uma coleção respeitável de imóveis de alto padrão.
Um exemplo é o triplex que pertenceu à apresentadora Luciana Gimenez e ao empresário Marcelo de Carvalho, considerado por anos um dos apartamentos mais caros do país.
Localizado no condomínio Parque Cidade Jardim, na zona sul de São Paulo, o imóvel tem cerca de 1,8 mil metros quadrados e surgiu da junção de duas coberturas.
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O triplex de Luciana Gimenez e seu ex-marido demorou 7 anos para ser vendido — Foto: Reprodução/Youtube
Avaliado em cerca de US$ 13 milhões — o equivalente a aproximadamente R$ 75 milhões —, o triplex ficou sete anos à venda, passou por sucessivos cortes de preço, mudanças na decoração e até um leilão de luxo que não avançou, até finalmente encontrar um comprador.
No início, o valor pedido girava em torno de R$ 80 milhões, mas o preço final da negociação não foi divulgado. Rumores indicam que o imóvel teria sido adquirido por Neymar da Silva Santos, pai do jogador.
Mesmo assim, a conta é simples: com R$ 1 bilhão no bolso, seria possível comprar mais de 13 triplex desse porte — e ainda sobraria troco para mobiliar todos eles.
Aviões e jatos
No setor aéreo privado, o prêmio de R$ 1 bilhão da Mega da Virada também abriria espaço para voar alto — literalmente.
Para efeito de comparação, aeronaves comerciais de médio porte, como o Boeing 767-300ER, já chegaram a custar cerca de US$ 201,4 milhões, o que equivale a aproximadamente R$ 1,1 bilhão.
No mercado de jatos executivos, porém, o cenário é bem diferente. Modelos de porte médio, como o Embraer Phenom 300 ou o Praetor, têm preço estimado em torno de US$ 14 milhões — algo próximo de R$ 77 milhões.
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Com o prêmio da Mega da Virada, seria possível comprar 12 jatos Embraer Phenom 300 — Foto: Divulgação/Embraer
Com esse valor como referência, o prêmio da Mega da Virada permitiria adquirir cerca de 12 jatos desse tipo, sem extrapolar o teto de R$ 1 bilhão.
Na prática, isso significaria montar uma pequena frota executiva, capaz de atender viagens nacionais e internacionais com conforto e autonomia.
Carros de luxo
Quem prefere transformar o prêmio da Mega da Virada em uma garagem de dar inveja também teria opções de sobra.
Com R$ 1 bilhão, seria possível adquirir cerca de 20 unidades do Bugatti Chiron, hipercarro francês avaliado em torno de R$ 50 milhões no Brasil e conhecido por combinar luxo extremo e desempenho de pista.
Se a ideia for apostar em exclusividade máxima, o valor também permitiria comprar o Rolls-Royce Droptail, apontado como o carro mais caro do mundo.
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O Rolls-Royce Droptail é considerado o carro mais caro do mundo — Foto: Divulgação/Rolls-Royce
Equipado com motor V12 biturbo de 570 cavalos, o modelo tem preço estimado em R$ 181,9 milhões — o que deixaria uma ampla margem do prêmio ainda disponível.
Já para quem prefere diversificar, o mesmo montante poderia ser usado para montar uma coleção inteira de esportivos clássicos e contemporâneos.
Considerando Ferraris avaliadas em cerca de R$ 3 milhões cada, seria possível levar aproximadamente 333 unidades, ou combinar dezenas de modelos de marcas como Lamborghini, Pagani e McLaren, criando uma frota digna de museu automotivo.
Obras de arte
O prêmio de R$ 1 bilhão da Mega da Virada também colocaria o vencedor no seleto mercado das grandes obras de arte. Em 2025, o Retrato de Elisabeth Lederer (1916), de Gustav Klimt, foi arrematado em leilão por US$ 236 milhões — o equivalente a cerca de R$ 1,3 bilhão.
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O quadro “Retrato de Elisabeth Lederer”, vendido por R$ 1.25 bilhão em leilão — Foto: Divulgação
Um pouco abaixo dessa cifra está Shot Sage Blue Marilyn (1964), de Andy Warhol. Vendida em 2022 por US$ 195 milhões, a obra sairia hoje por aproximadamente R$ 1,08 bilhão.
Se a ideia for diversificar a coleção, ainda seria possível adquirir trabalhos de outros nomes históricos. Um exemplo é El Sueño (La cama), de Frida Kahlo, negociado em leilão por cerca de R$ 292,6 milhões — o que deixaria margem para incluir outras peças relevantes e montar um acervo digno de museu com o dinheiro do prêmio.
Experiências exclusivas
Para quem prefere gastar o prêmio em experiências, R$ 1 bilhão também compra uma agenda praticamente inesgotável de viagens exclusivas.
Um exemplo é o pacote “Legendary Journeys”, um giro de 17 noites em jato privado por sete países (Singapura, Índia, Ruanda, Quênia, Grécia, Marrocos e Reino Unido), orçado em cerca de US$ 400 mil por pessoa.
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Ilha Santorini, na Grécia, em foto de outubro de 2018 — Foto: Gary Bembridge/Flickr
Isso equivale a aproximadamente R$ 2,22 milhões por passageiro — o suficiente para bancar algo em torno de 450 viagens desse tipo com o valor total da Mega da Virada.
E não para por aí.
No mercado de turismo de ultra luxo, cruzeiros a bordo de superiates chegam a custar entre US$ 700 mil e US$ 1 milhão por semana, o que dá algo entre R$ 3,9 milhões e R$ 5,55 milhões.
Essas viagens costumam incluir roteiros pouco convencionais, como expedições à Antártida, com direito a helicópteros e até submarinos a bordo.