Diego Borges/Diário de Pernambuco – Mais uma vez, o Brasil suou para furar a defesa adversária na Copa do Mundo. Mas conseguiu. Sofrido, no abafa, o Brasil quebrou o tabu de jamais ter vencido a Suíça em uma edição de Copa do Mundo, e manteve o 100% de aproveitamento no Catar, garantindo assim a sua vaga nas oitavas de final. Sem Neymar, seu principal jogador, o time teve paciência e frieza para conquistar o resultado positivo, com o brilho do futebol coletivo.
Sem Neymar e Danilo, Tite preferiu não arriscar, e acionou Fred e Éder Militão e Fred nas vagas, avançando Lucas Paquetá. Murat Yakin também foi conservador na Suíça, e abriu mão do atacante Shaqiri para povoar mais o meio-campo.
E como era de se esperar de um duelo entre duas seleções que empataram em seus dois jogos na história da Copa, o jogo começou apertado, com os suíços fechando o ferrolho, e o Brasil tentando passes longos e apostando na velocidade de VinI Júnior, caçado em campo.
Com as duas linhas de quatro bem postas, a seleção brasileira sentiu a tranquilidade suficiente para subir a marcação e pressionar a saída de bola no campo de defesa adversário. Porém, na hora de propor o jogo, o lado direito de ataque deixou a desejar, e o Brasil teve dificuldade de encontrar espaços.
A primeira finalização só veio aos 26 minutos, quando Raphinha lançou Vini Jr em boa condição, mas o chute de primeira foi fácil para Sommer defender. Raphinha arriscou de longe aos 30, e também não levou perigo.
Sem o mesmo potencial ofensivo na ponta direita, restavam as jogadas de bola parada, mas o Brasil não conseguiu pressionar além disso. A Suíça ainda chegou a pressionar na bola aérea, mas também não foi perigosa no primeiro tempo. Intervalo de um 0 a 0 justo para o que os times propuseram no jogo até então.
Intervalo
Tite voltou para o 2º tempo com Rodrygo na vaga de Paquetá, porém sem mexer na formação tática. A troca trouxe mais mobilidade para o balanço no ataque, porém foi a Suíça que chegou primeiro com perigo na área, aos sete minutos, em jogada rápida explorando as coisas de Alex Sandro. O time europeu cresceu no jogo e passou a marcar a saída de bola em linha alta, pressionando Alisson.
O movimento deu mais espaço para o Brasil, e por muito pouco Richarlison não escorou o bom cruzamento de Rodrygo, aos nove. Tite mudou de novo, com Bruno Guimarães na vaga de Fred. Yakin também trocou peças, como resposta.
As mudanças deixaram o jogo mais aberto para os dois lados. E numa boa bola roubada de bola no meio de campo, Vini Jr recebeu, limpou a marcação e botou a bola na rede aos 18’. Porém o VAR anulou com impedimento de Richarlison.
O lance, ao menos, serviu para fazer o Brasil ferver o jogo. Para manter o ritmo acelerado, Tite acionou Antony e Gabriel Jesus. A Suíça também mexeu, renovando a marcação, mas sem oferecer perigo para Alisson. Bruno Guimarães tentou de cabeça aos 36’, mas sem levar perigo.
O gol insistia em não sair, e o empate se desenhava, mais uma vez. Aí veio Casemiro e mudou a história. De primeira, povoando a área, bateu forte para abrir o placar aos 37’. Rodrygo quase ampliou na sequência.
FICHA TÉCNICA
BRASIL 1
Alisson; Éder Militão, Thiago Silva, Marquinhos e Alex Sandro (Alex Telles); Casemiro, Fred e Lucas Paquetá (Rodrygo); Raphinha (Antony), Vinícius Júnior e Richarlison (Gabriel Jesus). Técnico: Tite.
SUÍÇA 0
Sommer; Widmer (Frei), Akanji, Elvedi e Ricardo Rodríguez; Freuler, Xhaka, Rieder (Stefen), Sow (Aebischer) e Rubén Vargas (Fernandes); Embolo (Seferovic). Técnico: Murat Yakin.
Horário (Brasília): 16h
Local: Estádio 974, no Catar
Árbitro: Ivan Barton (El Salvador)
Assistentes: David Moran (El Salvador) e Zachari Zeegelaar (Suriname)
Quarto árbitro: Said Martínez (Honduras)
VAR: Drew Fischer (Canadá) e Armando Villarreal (Estados Unidos)
Cartões amarelos: Fred (B); Rieder (S).
Gol: Casemiro (37’ |2ºT).
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