Por Edmar Lyra– O terceiro governo Lula se iniciará na próxima segunda-feira sob um prisma diferente daquele que se iniciou há vinte anos. Naquela ocasião o dólar estava em R$ 3,73, a inflação atingiu 12,5% graças a valorização do dólar e as incertezas causadas pela eleição, enquanto o crescimento econômico estava em 3,05% no último governo Fernando Henrique Cardoso e o desemprego estava em 11,7%.
Para o fim de 2022, a expectativa da inflação é de 5,92%, o dólar em R$ 5,20, um crescimento projetado de cerca de 3% e um desemprego em pouco mais de 8%. Apesar de termos alguns números até mais favoráveis do que naquela época, a exceção do dólar que está muito mais valorizado, há um enorme grau de incerteza no mercado internacional, que diferentemente dos quatro primeiros anos de Lula em que houve um ambiente macroeconômico extremamente favorável, o cenário pós-pandemia ainda é eivado de dúvidas de como as economias dos países irão responder a esse processo de retomada.
O desafio do presidente Lula não será apenas uma pura e simples comparação com seu antecessor Jair Bolsonaro, mas sobretudo a inevitável comparação dos resultados obtidos por Lula em seu terceiro governo em relação aos dois primeiros, o que trará um enorme desafio para o futuro governo, que desta vez assume um país muito mais dividido do que aquele que recebeu de FHC em 2003.
No tocante à agenda de reformas, indiscutivelmente a tributária terá papel determinante, já sinalizada pelo futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas ela não é a única, será preciso discutir questões como a dos combustíveis que tiveram uma redução substancial nos últimos meses por uma decisão do presidente Jair Bolsonaro, há uma escolha de Sofia a ser feita, entre aumentar a arrecadação dos estados e consequentemente aumentar os tributos relacionados aos combustíveis ocasionando aumento do valor e naturalmente um repique na inflação, ou manter para 2023 a política adotada por Bolsonaro de subsidiar as perdas dos estados com o teto do ICMS.
Por fim, Lula lidará também com um fator que não se tinha ao longo de seu primeiro governo, que é a forte presença das redes sociais e da velocidade da informação, que acabaram sendo cruéis com Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro, uma vez que o cidadão brasileiro, diferentemente de outrora, passou a ser muito mais fiscalizador e crítico de quem quer que esteja no governo.
O terceiro governo Lula se iniciará na próxima segunda-feira sob um prisma diferente daquele que se iniciou há vinte anos. Naquela ocasião o dólar estava em R$ 3,73, a inflação atingiu 12,5% graças a valorização do dólar e as incertezas causadas pela eleição, enquanto o crescimento econômico estava em 3,05% no último governo Fernando Henrique Cardoso e o desemprego estava em 11,7%.
Para o fim de 2022, a expectativa da inflação é de 5,92%, o dólar em R$ 5,20, um crescimento projetado de cerca de 3% e um desemprego em pouco mais de 8%. Apesar de termos alguns números até mais favoráveis do que naquela época, a exceção do dólar que está muito mais valorizado, há um enorme grau de incerteza no mercado internacional, que diferentemente dos quatro primeiros anos de Lula em que houve um ambiente macroeconômico extremamente favorável, o cenário pós-pandemia ainda é eivado de dúvidas de como as economias dos países irão responder a esse processo de retomada.
O desafio do presidente Lula não será apenas uma pura e simples comparação com seu antecessor Jair Bolsonaro, mas sobretudo a inevitável comparação dos resultados obtidos por Lula em seu terceiro governo em relação aos dois primeiros, o que trará um enorme desafio para o futuro governo, que desta vez assume um país muito mais dividido do que aquele que recebeu de FHC em 2003.
No tocante à agenda de reformas, indiscutivelmente a tributária terá papel determinante, já sinalizada pelo futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas ela não é a única, será preciso discutir questões como a dos combustíveis que tiveram uma redução substancial nos últimos meses por uma decisão do presidente Jair Bolsonaro, há uma escolha de Sofia a ser feita, entre aumentar a arrecadação dos estados e consequentemente aumentar os tributos relacionados aos combustíveis ocasionando aumento do valor e naturalmente um repique na inflação, ou manter para 2023 a política adotada por Bolsonaro de subsidiar as perdas dos estados com o teto do ICMS.
Por fim, Lula lidará também com um fator que não se tinha ao longo de seu primeiro governo, que é a forte presença das redes sociais e da velocidade da informação, que acabaram sendo cruéis com Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro, uma vez que o cidadão brasileiro, diferentemente de outrora, passou a ser muito mais fiscalizador e crítico de quem quer que esteja no governo.