Por Aline Reskalla/Estadão – Na Amazônia profunda, existe um santuário de árvores gigantes que tem intrigado cientistas. Fica no Norte do Pará, na Floresta Estadual do Paru, onde só se chega de barco, após oito dias de viagem pelo Rio Jari. Pela importância desse deslumbrante ecossistema na mitigação da crise climática, o local acaba de ser transformado em uma unidade de preservação, o Parque Estadual das Árvores Gigantes.
Entre seus 560 mil hectares, encontra-se o maior exemplar já identificado no Brasil e também um dos dez maiores do mundo: um angelim-vermelho (Dinizia excelsa) de 88,5 metros de altura, quase 10 metros de circunferência e 400 anos de vida.
O status de parque passa a considerar o santuário uma área de proteção integral, onde são permitidas apenas a realização de pesquisas científicas, atividades de educação ambiental e turismo ecológico. Já a categoria “floresta estadual”, em vigor até o mês passado, permitia o uso sustentável da região.
A iniciativa de conservação é liderada pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), do governo do Pará, e conta com as parcerias do Instituto Federal do Amapá (IFAP), Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e financiamento do Andes Amazon Fund (AAF).
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