Política externa de Macron deve facilitar relações com o Brasil…

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A projeto de política externa do recém-eleito presidente francês Emmanuel Macron promete se seguir a linha chamada na França de “gaullo-mitterrandiste”, que favorece o multilateralismo e que está em sintonia com a tradição da diplomacia do Brasil. O perfil liberal do novo líder em tese abre maior espaço para a conclusão do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, mas nada deve andar antes de 2018.

A vitória de Macron representa uma boa notícia para o Brasil em duas frentes, na avaliação de Gaspard Estrada, diretor do Observatório Político da América Latina, sediado em Paris. A primeira, mais evidente, é a da garantia da permanência da França na União Europeia, que é hoje, tomada em sua totalidade, um dos principais parceiros comerciais do Brasil.

Não se deve esperar, no entanto, nenhum movimento mais forte para selar o acordo de livre-comércio entre Mercoul e União Europeia antes de 2018. Menos pela pré-disposição francesa, mais pelo calendário eleitoral do Mercoul. “Maurício Macri tem eleições legislativas difíceis em outubro e o Brasil tem presidencial no ano seguinte. Há uma janela de oportunidade muito pequena logo no início do governo Macron”, afirma Estrada. (Veja)