O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira (24) em entrevista à Rádio Bandeirantes que os estados tem coligações “estapafúrdias”, que os partidos políticos estão “fragilizados” e que é preciso fazer uma reforma política para acabar com a “balburdia”.
As afirmações foram em reposta a questionamento sobre debandada do “Centrão” (DEM, PP, PR, PRB e SD) – grupo de partidos que fechou apoio à chapa de Alckmin – nos estados.
“Se nós não fizermos a reforma política vai continuar essa balburdia, de 35 partidos políticos todos fragilizados, inclusive o meu. Todos fragilizados. Se não fizermos a reforma política, continua essa babel”, disse o candidato do PSDB.
“Porque cada estado tem uma realidade diferente do outro. “As coligações são as mais estapafúrdias. Um estado tem coligação com o candidato do PT ou outro tem com o candidato ‘X’. Eu também recebo apoio de pessoas que não estão na minha coligação”, concluiu o candidato.
Segurança Pública
O ex-governador de São Paulo também foi questionado sobre suas propostas para a segurança pública e combate às facções criminosas.
Ele disse que é preciso combater o tráfico de armas e de drogas com uso de tecnologia e inteligência.
“O que tem fazer é combater o tráfico de drogas e de armas. Tem que investir em tecnologia, inteligência, integrar as inteligências dos estados – Abin [Agência Brasileira de Inteligência], Forças Armadas, Polícia Federal, Polícia Rodoviaria Federal.
O que está acontecendo no Brasil? Acontece que você tem trafico de drogas totalmente livre porque não tem controle de fronteiras. tráfico de armas. por que que o nordeste piorou tanto a segurança publica? primeiro porque a vitima da droga é o jovem, do sexo masculino, e de baixa escolaridade. então, enquanto menos desenvolvida a região, maior o problema.
Alckmin disse que é contra a legalização da maconha como forma de solução. “Sou contra [legalização da maconha]. Não tem nenhuma comprovação de que isso possa ajudar”, afirmou.
“Vou pegar as 150 cidades mais violentas do Brasil e fazer uma força tarefa: investir em investigação, tecnologia, gestão. […] Vamos apoiar os estados e municípios, e chamar os municípios à responsabilidade. Nós vamos mandar gestor, investigador, tecnologia e monitorar todo este trabalho”, afirmou o candidato. (G1)