“Ele fazia rolo.” Com essa definição imprecisa, o presidente Jair Bolsonaro buscou explicar a movimentação financeira atípica de Fabrício Queiroz, subtenente da Polícia Militar que por 35 anos conviveu intimamente com a primeira-família.
Funcionário do gabinete do deputado estadual Flávio Bolsonaro até outubro passado, Fabrício Queiroz movimentou R$ 7 milhões em três anos, dinheiro demais para quem tem ganhos um pouco acima de R$ 20 mil mensais.
E o rolo parece não ter fim. Nesta semana, as ligações de Queiroz com milicianos que lideravam o Escritório do Crime — grupo de assassinos de aluguel — abriram nova frente de investigação e levaram Flávio Bolsonaro, o primogênito do presidente, para o epicentro da primeira grande crise do governo empossado há menos de um mês.
A reportagem de capa de ÉPOCA desta semana mostra a trajetória de Flávio,de 37 anos, tido como o menos radical entre os irmãos e, até então, como o mais promissor dos filhos de Jair Bolsonaro na política. Senador eleito pelo Rio de Janeiro com quase 4,5 milhões de votos, tinha planos ambiciosos.
A revista também mostra como surgiu o Escritório do Crime e as suspeitas do envolvimento dessa quadrilha de matadores com os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.