O sucesso não ficou só na maternidade. A vendedora disse que no posto de saúde de Lagoa Santa, na Região Metropolitana, Theo virou o centro das atenções quando foi tomar as primeiras vacinas. Novamente, foram muitos pedidos de foto. Nas redes sociais, o assunto não é outro, a cada foto que a mamãe posta, os comentários são sobre a charmosa mechinha branca do recém-nascido.
Theo e os pais Fernanda e Enderson — Foto: Fernanda Oliveira dos Santos/Arquivo pessoal
Piebaldismo
Piebaldismo é uma condição genética hereditária autossômica dominante. Ela pode fazer com que a criança nasça com uma mecha do cabelo sem cor ou com algumas manchinhas brancas pelo corpo, ou com os dois, na maioria dos casos, explica o professor e dermatologista da Universidade Federal de Minas Gerais, Bernardo Gontijo.
Segundo médico, a mecha não é motivo de preocupação porque não afeta a saúde da criança — Foto: Fernanda Oliveira dos Santos/Arquivo pessoal
A condição é hereditária, ou seja, alguém da família teve também. No caso do pequeno Theo, um tio dele também nasceu com a mecha branca no cabelo. Mas não é motivo de preocupação porque não afeta a saúde da criança.
“O piebaldismo não vai repercutir na vida criança do ponto de vida médico. É um problema puramente estético”, afirma o professor e dermatologista.
Gontijo explica que a produção da melanina, que dá cor à pele e ao cabelo, ocorre ainda durante a gestação, quando é ainda um feto. No caso do piebaldismo, esse processo é interrompido, ou então, não se desenvolve bem, e aquela parte nasce sem cor.
Essas “lesões” brancas são fixas. No caso de ser na pele, é preciso caprichar no protetor solar porque, como não há melanina naquela região, não há proteção. No caso das charmosas mechas de cabelo branco, não há com que se preocupar e, no caso, de esteticamente não estar satisfeito, a noticia é boa: é só pintar.
‘Ser diferente é legal’
Bebê Mayah também fez sucesso na internet — Foto: Paula Beltrão/Divulgação
Há cerca de 2 anos, outro neném com piebaldismo ganhou o coração dos mineiros. Mayah Aziz Oliveira nasceu no fim de 2018 e, assim como Theo, começou a fazer sucesso ainda na sala de parto.
“Foi bem na fase adulta que eu entendi que isso poderia ser legal, principalmente a do cabelo. A do cabelo foi um pouco antes que eu percebi que ser diferente seria legal. Eu era única. E aí eu comecei a usar isso ao meu favor. E aí eu comecei a virar o jogo pra mim. E eu acho muito interessante isso ser a ferramenta que faz as pessoas terem ternura por ela”, destacou na época do nascimento.