O Clube de Alegoria e Crítica Homem da Meia-Noite, surgiu no carnaval de 1931, como uma dissidência de sócios da troça carnavalesca Cariri de Olinda este fundado dez ano antes.
O Clube nasceu numa época em que era comum entre as sociedades carnavalescas as críticas de maneira anárquica a acontecimentos que movimentavam a política e atualidade naquela época. Os primeiros Clubes de Críticas ao contrário dos Clubes Pedestres formado por trabalhadores de setores das baixas camadas, eram compostos por intelectuais e membros das eleições locais.
Nos dois primeiros anos de sua fundação, 1931 e 1932, a Agremiação não contou com alegorias. Saiu apenas com uma espécie de estandarte, bordado com um relógio marcando doze horas, e um boneco gigante confeccionado em madeira e papel por Luciano Anacleto de Queiroz e Benedito Barbaça, marceneiro e entalhador.
Desfilou sem interrupções de 1931 até 1949. De 1950 a 1953, no entanto, o clube não saiu devido a falta de recursos financeiros. A partir de 1954, ano em que se propôs pela municipalidade grande comemoração pela Restauração Pernambucana, o então prefeito de Olinda, Alfredo Lopes, destinou verbas para o Clube tradicional que voltou a desfilar, interrompendo novamente seus desfiles em 2021 e 2022 devido a Pandêmia com a COVID-19.
É considerado o boneco de Carnaval mais antigo de Pernambuco, tombado como patrimônio vivo de Pernambuco, sendo no ano de 2006 considerado símbolo máximo do Carnaval de Olinda.
RELIGIOSIDADE:
Também chamado de ‘Calunga’ talvez por ter sido fundado no dia 2 de fevereiro, data onde se comemora Iemanjá, está fortemente associado a Umbanda banta como parte de um conjunto de entidades secundárias (as calungas) subordinadas a Orixá Iemanjá, ligadas a água e aos oceanos. São como sendo espécies de falanges de ‘exus’ na simbologia deste ramo religioso genuinamente brasileiro, sendo igualmente associadas a morte, a passagem, a imortalidade.