Opinião: A outra face…

Como sabemos, se existe um livro que requer estudo, dedicação para interpretá-lo é a Bíblia.

O hebraico, idioma que foi escrito a Bíblia, era uma língua pobre de verbetes comparada a nossa rica e bela língua portuguesa.

Dessa forma a Bíblia sofreu adaptações de acordo com a doutrina da religião que a traduziu.

A palavra ódio por exemplo no hebraico tem um sentido completamente diferente do nosso idioma.

Além disso, entender o que diz a Bíblia se faz necessário levar em conta o contexto social, cultural e moral da época.

E se tem uma coisa que o homem evita é a arte de pensar, raciocinar, refletir.

Pois bem na passagem do Evangelho que diz:

“SE ALGUÉM VOS BATER NA FACE DIREITA , APRESENTAI – LHE TAMBÉM A OUTRA”.

Muitos entendem que devemos dar a outra face para o agressor bater. Quem aguenta?

A outra face aqui refere-se a mostrar uma nova maneira de se conduzir o mal que sofremos oferecido pelo nosso algoz.

Na era do Bárbaros tinha-se o conceito de homem forte aquele que matava a maior quantidade de guerreiros. Os reis iam para o campo de batalha e quanto maior o número de pessoas matava era considerado o rei mais forte.

O tempo passa e como tudo acima da terra obedece a lei do progresso que é imutável e nada e nem ninguém escapa dela, veio o salvador.

Jesus Cristo há 2018 anos atrás mudou o contexto e ensinou que o mais forte passou a ser o que ama-se mais.

Quanto maior a quantidade de amor produzida mais evoluído é o homem.

Eis a pergunta:

É esse modelo que usamos?

Nos dias de hoje ainda nos flagramos querendo usar o Código de Hamurabi:

“Olho por olho, dente por dente”.

Será que realmente evoluímos?

Será que temos apagado o fogo com água ou estamos jogando gasolina?

Qual o remédio para o mal, não seria o bem?

Será que sabemos o conceito de justiça, que tanto bradamos ao perceber um crime?

Ou será que no fundo o que queremos é vingança?

O certo é que a estrada é longa, falta muito para que possamos a cada dia largar as mazelas morais que ainda carregamos.

Certo também é que a Lei do Progresso também tem seu preço: ou acompanhamos seu curso ou haja sofrimento.

As crianças de hoje estão aí dando show de bola quando o assunto é sentimentos.

Os animais são bem mais evoluídos que nós homens, observe a velocidade que um cão perdoa seu dono ao ser agredido.

Assim que o agredimos, basta assobiar que ele vem de rabo abanando como nada houvesse acontecido.

É hora de melhorar meu povo.

Não é um dígito do calendário que vai mudar a nossa vida, mas o nosso compromisso cristão de melhorar.

Pensemos nisso.

Feliz homem novo!

Viva a piedade!

Viva a indulgência!

Viva o perdão!

Viva o amor!

Viva Deus!

Benízio Filho – Duy