O Ministério da Saúde informou que 260 mil pessoas sabem que estão infectadas pelo HIV no Brasil e não estão se tratando. Outras 112 mil têm o vírus e não sabem por não apresentarem os sintomas, de acordo com a estimativa do governo. A coletiva de imprensa desta quarta-feira (30) chama atenção para o Dia Mundial de Combate à Aids, que ocorre nesta quinta (1º).
De acordo com a diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Adele Benzaken, essas pessoas que sabem que estão infectadas e não recebem o tratamento estão, em maior parte, em negação com relação ao vírus. Ou seja, não aceitam que podem desenvolver a doença.
“O jovem muitas vezes nega sua condição sorológica. Para ele é mais complicado aceitar do que para uma pessoa acima de 50 anos”, disse Benzaken.
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Somando as duas estimativas – dos brasileiros que sabem e não sabem que estão com o vírus e não tomam o coquetel contra a Aids – temos 372 mil pessoas sem o tratamento contra o HIV.
No total, o Governo Federal fez uma estimativa que 827 mil pessoas estejam vivendo com a doença no país. Destas, 715 mil já foram diagnosticadas e 455 mil estão em tratamento. O grupo destas pessoas que recebem a medicação no Brasil tem 410 mil pacientes com carga viral indetectável, com uma boa qualidade de vida e pouca chance de transmissão.
Em 2015, foram realizados 8,5 milhões de testes de HIV no Brasil. O estado com o maior número de casos por 100 mil habitantes é Roraima, com uma taxa de 8,1, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 5,4, e pelos estados do Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro, ambos com um índice de 5,0 casos por 100 mil habitantes. A média nacional é de 2,5.
Redução da transmissão
A transmissão do vírus de mãe para o filho (crianças com menos de 5 anos) foi reduzida em 36% nos últimos seis anos. De acordo com o ministério, uma ampliação da testagem no pré-natal e reforço na oferta de medicação para as gestantes contribuíram para a queda das taxas.