Prefeitos de vários municípios pernambucanos estão reunidos no Recife, na manhã de ontem (22), para discutir a situação das prefeituras diante da crise econômica. Eles afirmam que as receitas municipais e os repasses federais diminuíram e já não dão conta de todos as despesas das prefeituras. Por isso, discutem possibilidades de contenção de gastos e preparam um calendário de mobilizações.
O encontro acontece na sede da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), na Zona Oeste da capital, e também conta com a presença de representantes da Confederação Nacional de Municípios (CNM).
A Amupe, que convocou a reunião, explica que os prefeitos estão sendo penalizados pelos cortes de repasses federais. “Se o bolo nacional caiu, como podemos manter o mesmo serviço com menos dinheiro? Quem paga pela crise é a população, que tem os serviços afetados. Mas a população coloca logo a culpa no prefeito, que está mais próximo dela”, afirma o presidente da Amupe, José Patriota, que é prefeito de Afogados da Ingazeira.
O problema, segundo Patriota, é que os prefeitos precisaram diminuir o orçamento porque não recebem mais o montante necessário para fechar as contas no final do mês. “O Governo Federal fica com 60% dos repasses, o estado com 25% e os municípios com 15%, mas 80% das obrigações ficam com os municípios”, reclama. (G1-PE)