Com a definição do dia 15 de dezembro para o anúncio do secretariado estadual, o governador eleito Paulo Câmara PSB) intensificará as reuniões com sua equipe e aliados para definir a cara da sua administração. Serão três semanas em que o gestor se dedicará ao processo de transição, conversas com lideranças, definição do novo organograma e os nomes que irão compor o seu secretariado.
Nesta segunda-feira (24), o socialista retorna da viagem ao Rio de Janeiro e a expectativa é que as reuniões sejam intensificadas. A Frente Popular tem 21 partidos e será preciso uma nova rearrumação de forças nos governos socialistas.
A possibilidade das alterações no Estado terem reflexo a Prefeitura do Recife também é cogitada por alguns socialistas. Internamente, Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), seguem em conversas sobre a conjuntura política. A leitura é que gestor da Capital pode optar por reoxigenar sua administração visando a sua reeleição em 2016.
“Uma nova composição política vai surgir. Na eleição do ano passado, tínhamos uma frente e virou outra, e temos que adequar isso com a Prefeitura e Governo”, afirmou um aliado em reserva.
De maneira informal, o socialista vem procurando representantes de legendas aliadas para sondar os cenários da conjuntura estadual. Contudo, as tratativas não avançaram na discussão de nomes.
Em seu discurso oficial, Paulo Câmara avisa que só discutirá os quadros da sua gestão em dezembro, após formatar o novo organograma estadual. Os sinais dados aos aliados é que ele seguirá os passos do ex-governador Eduardo Campos, que trocou todas as peças possíveis no primeiro escalão estadual.
Entre os aliados, a expectativa é de que o governador eleito deverá contemplar, pelo menos, dois suplentes de cada Casa Legislativa. Para isso, os nomes dos deputados eleitos Felipe Carreras (PSB) e Danilo Cabral (PSB), Fernando Filho (PSB) e João Fernando Coutinho (PSB) são cogitados.
Na Câmara Federal, SD e PP devem ser contemplados com as vagas de Augusto Coutinho e Fernando Monteiro, respectivamente. O PCdoB também reivindicará espaço para o deputado federal Carlos Eduardo Cadoca, que é o terceiro suplente.
Nos bastidores, é ventilada a possibilidade de um dos suplentes ser convocado para a administração estadual. Na Assembleia Legislativa, a aposta é que os suplentes Antônio Moraes (PMDB) e Marcantônio Dourado (PSB) tenham espaço na Casa. Os nomes dos deputados estaduais Alberto Feitosa (PR), Nilton Mota (PSB), Aluísio Lessa (PSB) e Waldemar Borges (PSB) são ventilados como possíveis secretários. (Folha de PE)