O papa começou sua alocução no Ângelus deste domingo (4) lembrando as palavras de São João no Evangelho do dia sobre a “verdadeira luz, aquela que ilumina todos os homens”, mas que os homens recusaram. “Os homens falam tanto da luz, mas frequentemente preferem a tranquilidade enganadora da escuridão” advertiu Francisco ao dizer que fala-se tanto na paz, mas com frequência “escolhemos o silêncio cúmplice ou não fazemos nada de concreto para promovê-la”.
Promotores da paz
O papa voltou a citar o tema da sua mensagem para o Dia Mundial da Paz, “Não mais escravos, mas irmãos”, e reiterou: “O meu desejo é que chegue ao fim os abusos do homem para com o homem. Estes abusos são uma praga social que mortifica as relações interpessoais e impede que haja uma vida de comunhão marcada pelo respeito, pela justiça e pela caridade. Todos os homens e povos têm fome e sede de paz e para isso é necessário e urgente construir a paz”.
Paz não é ausência de guerra
Alertando os milhares de fiéis que se reuniram na Praça São Pedro para acompanhar a oração, Francisco esclareceu que a paz não é somente a ausência de guerra, mas uma condição na qual a pessoa humana está em harmonia com ela mesma, com a natureza e com os demais. “Calar as armas e apagar as chamas da guerra é ainda a condição inevitável para dar início a um caminho que leva à conquista da paz nos seus diferentes aspectos”, exortou o Papa. Refletindo sobre aos conflitos que ainda deixam marcas de sangue em tantas regiões do Planeta, Francisco encoraja a termos certeza que a paz é possível. “Devemos ter a convicção de que, apesar de todas as aparências contrárias, a concórdia é sempre possível, em todos os níveis e em todas as situações. Não há futuro sem propósitos e projetos de paz, não há futuro sem paz”, concluiu.