As diversas investigações da Polícia Federal – e a forte atuação do Ministério Público e da Procuradoria Geral da República -, que criaram um clima de insegurança em Brasília, começam a invadir Pernambuco, ameaçando influenciar o resultado das próximas disputas eleitorais. Desde as últimas eleições, o Estado foi alvo de seis operações da PF: Vidas Secas (sobre desvios nas obras da Transposição São Francisco), Catilinárias (braço da Operação Lava Jato), Fair Play (irregularidades no contrato da Arena Pernambuco), Pulso (sobre desvios em contratos da Hemobras), Turbulência (suspeita de esquema de lavagem de dinheiro que teria abastecido campanhas do PSB) e CustoBrasil (pagamento de propina em contratos de informática), sendo as duas últimas deflagradas esta semana. As operações, em especial a Turbulência, poderão cobrar um preço alto aos que estiverem relacionados aos grupos políticos investigados.
Devido à proximidade das operações com o pleito municipal, que ocorre em outubro, a tendência é que a disputa deste ano será a mais afetada pelos escândalos envolvendo lideranças políticas. Já os reflexos na disputa de 2018 dependem do avanço das investigações e da comprovação do envolvimento de partidos em esquemas de corrupção. “A proximidade com as eleições faz com que a disputa municipal possa ser mais atingida, mas ainda falta muito tempo para arriscar palpite para 2018”, avaliou o cientista Elton Gomes.
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