O deputado Rodrigo Maia quer influir na sucessão presidencial. Animado com as negociações para inflar o DEM, ele sonha em tirar o partido do velho papel de coadjuvante dos tucanos. Para isso, busca um candidato capaz de liderar a centro-direita em 2018.
O líder das pesquisas é o ex-presidente Lula, que ensaia uma guinada à esquerda. Em segundo lugar aparece o deputado Jair Bolsonaro, porta-voz de uma direita radical que nunca chegou ao poder pelo voto.
O deputado recebeu a Folha nesta quinta (26), em sua residência oficial em Brasília. Cotado para disputar o governo do Rio e até a Presidência da República, ele disse que tentará a reeleição em 2018: “Sou candidato a deputado federal. Sei o meu tamanho”.
Os dois têm monopolizado o debate, mas o presidente da Câmara vê espaço para uma alternativa moderada. “Vai haver um caminho pelo centro. Estou apostando tudo nisso”, afirma. Ele dá a receita como se redigisse um anúncio de emprego: “Queremos um candidato de centro, liberal na economia e conservador nos valores, respeitando as minorias”.
O antigo PFL quer aproveitar a divisão dos tucanos para buscar protagonismo na sucessão. O partido não lança candidato próprio desde 1989, quando Aureliano Chaves teve apenas 0,8% dos votos. Ele foi abandonado pelos correligionários, que namoraram com Sílvio Santos e trocaram alianças com Fernando Collor.
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