Reconstruindo pontes…
O afastamento entre o deputado federal reeleito Felipe Carreras (PSB) e a Frente Popular é um fato. Começou na pré-campanha, quando o socialista teve seu espaço no governo reduzido para acomodar aliados – ele comandou a Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer. A distância intensificou-se na campanha. Felipe só participou de um ato ao lado do governador Paulo Câmara (PSB) e do prefeito Geraldo Julio (PSB): a inauguração do seu próprio comitê, uma super estrutura montada na área mais bem movimentada do Parnamirim, ao lado do espaço da majoritária, por sinal. O foço na relação entre as partes se manteve após a reeleição de Paulo Câmara em primeiro turno. O pano de fundo é a disputa pela vaga de candidato do grupo na sucessão de Geraldo, em 2020. A “vez” de Felipe Carreras – cujo projeto de comandar a PCR nunca foi segredo – pode ir para João Campos (PSB), […]
Bolsonaro governará com frentes e não com partidos…
Bolsonaro prometeu na campanha que reduziria de 29 para 15 o número de ministros e que não negociaria a indicação deles para o seu governo com base em fisiologismo. Só para refrescar a memória dos leitores, os partidos que derrubaram Dilma no impeachment de 2016, para substituí-la por Michel Temer, ocuparam as pastas rapidamente. E só a Pernambuco couberam quatro: Educação (Mendonça Filho), Cidades (Bruno Araújo), Minas e Energia (Fernando Filho) e Defesa Social (Raul Jungmann). Bolsonaro deseja sepultar esse tipo de prática para instalar no Brasil governo novo e totalmente livre desse tipo de amarras. Antes, o ministro era do presidente mas batia continência para o partido que o indicara. O presidente eleito quer fazer diferente, mesmo ser ter a força necessária para abolir o grau de influência política do Congresso nas indicações. Por exemplo: ele pediu à bancada ruralista que indicassem alguém para a Agricultura e daí surgiu […]
O ajuste fiscal para o segundo governo Paulo Câmara…
O governador Paulo Câmara foi reeleito sob o mote de ter mantido o estado de pé mesmo diante da maior crise econômica e política dos últimos anos. Em 2015 quando assumiu o governo, Paulo já tinha ideia do que vinha pela frente, pois tinha sido secretário da Fazenda de Eduardo Campos e por isso decidiu enxugar a máquina pública com a não ocupação de parte dos cargos comissionados. Apesar da medida, o governador já no seu primeiro ano de gestão precisou modificar o calendário de pagamentos dos servidores, saindo do final do mês corrente para até a primeira semana do mês subsequente. A decisão do governador permitiu que ele não atrasasse salários e não agravasse ainda mais a crise econômica que ainda assola o estado. Se de um lado o salário ficou pago, por outro, os fornecedores do estado sentiram e continuam sentindo na pele as dificuldades de fluxo de caixa […]
Critério ministerial de Bolsonaro é falta de critério…
Josias de Souza Em campanha, Jair Bolsonaro prometera compor um ministério técnico e enxuto. Tudo isso sem toma-lá-dá-cá. Eleito, foi perdendo o nexo aos poucos. Hoje, o critério marcante da composição de sua equipe é a ausência de critério. O time não é 100% técnico. A Esplanada de 15 pastas se encaminha para a marca de duas dezenas. E um pedaço do primeiro escalão foi encostado no balcão do baixo mercado da política. Quando falava aos eleitores em ministros técnico, Bolsonaro dava a entender que refugaria indicações políticas. Súbito, escolheu três deputados do DEM: Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Tereza Cristina (Agricultura) e Luiz Henrique Mandetta (Saúde). Nada a ver com o partido, alegou. Onyx é escolha pessoal. Tereza e Mandetta são apoiados por frentes parlamentares, não partidos. Hummm… Antes que a plateia conseguisse entender qual é a diferença entre os parlamentares de uma frente e os congressistas de um partido, […]
Indecisão do governo pode fortalecer novo Severino Cavalcanti …
O presidente eleito Jair Bolsonaro está em fase de conclusão da montagem do seu ministério mas nem bem encerrou esta situação, o futuro governo já tem outra demanda para se preocupar, trata-se da eleição para presidente da Câmara dos Deputados onde Rodrigo Maia já trabalha pela sua recondução, mas ele não é o único no páreo, o pernambucano Luciano Bivar, do partido de Bolsonaro, segue atuando no objetivo de ficar cacifado para a disputa, e pelo menos dois nomes surgem com movimentos. O deputado João Campos (PRB/GO) está atuando neste sentido e o deputado Fábio Ramalho (MDB/MG), atual vice-presidente surge como uma novidade no jogo. Numa dificuldade do governo de encontrar um nome de consenso em 2005, Severino Cavalcanti, integante do baixo clero conseguiu construir sua candidatura e acabou derrotando o preferido do governo, que era Luís Eduardo Greenhalgh. A ascensão de Severino teve tiro curto, pois no mesmo ano […]
Panela de pressão petista começa a apitar e pode explodir…
Mal terminou a eleição, e o bom e velho PT de Pernambuco já está prestes a começar uma nova disputa interna. Motivo: o petista que será apresentado ao governador reeleito Paulo Câmara (PSB) como representante da legenda no futuro secretariado estadual. Aliado de primeira hora do socialista, o senador Humberto Costa quer emplacar seu braço direito, Dilson Peixoto. Mas o nome não é consenso. Outro grupo quer o deputado estadual Odacy Amorim, que tem voto e é a principal liderança da sigla no São Francisco. A panela de pressão petista começou a apitar e pode explodir a qualquer momento. Nos bastidores da legenda, acredita-se que o partido ficará com a Secretaria das Cidade e um órgão vinculado – eles sonham com o Detran (sonhar, neste caso, não é realizar). Nesse cenário, Humberto trabalha para garantir na secretaria Dilson, que já foi presidente do Grande Recife Consórcio de Transporte, a antiga […]
Armando encerrará um mandato à altura de Pernambuco …
Apesar de já ter 66 anos de idade, Armando Monteiro tem uma trajetória política curta, de apenas 20 anos de mandatos eletivos, iniciados em 1998 com sua vitória para o primeiro mandato de deputado federal. Herdeiro do ex-ministro Armando Monteiro Filho e do ex-governador Agamenon Magalhães, Armando conseguiu ocupar o cargo de senador em 2010, atingindo um objetivo que não foi conquistado pelo seu pai em 1994. O mandato de senador, conquistado em 2010 como o mais votado, deu a Armando uma dimensão política ainda maior, de quem já tinha exercido três mandatos de deputado federal e presidido a Confederação Nacional da Indústria. E no exercício do cargo desde fevereiro de 2011, foram oito anos de muito trabalho por Pernambuco e pelo Brasil. Para muitos, o mandato de senador é sinônimo de fim de carreira, mas para Armando representou muito mais do que isso, pois ele soube transformar o seu […]
A saída para manter o PCdoB vivo…
Nas últimas semanas a presidente nacional do PCdoB e vice-governadora eleita de Pernambuco, Luciana Santos está numa verdadeira maratona entre São Paulo, Brasília e Pernambuco para tentar de forma sua sigla viva depois da criação da cláusula de desempenho que estabelece os critérios para que partidos tenham tempo de televisão (para propaganda partidária) e acesso ao fundo partidário (o dinheiro público que é repassado às legendas). Para ter direto, as siglas devem cumprir vários critérios, por número de deputados eleitos, ou por % de votos obtidos. Uma dos critérios é eleger no mínimo 9 deputados em nove estados diferentes. O PCdoB conseguiu eleger 10 parlamentares para a próxima legislatura o grande problema da sigla é que os deputados foram eleitos em apenas sete estados diferentes a cláusula de desempenho obriga ser em nove estados separados. Deixando o famoso Partidão depois de 56 anos de fundação fora da lista de partidos com […]
PT mantém divisão em Pernambuco …
O Partido dos Trabalhadores vivenciou momentos muito positivos em Pernambuco, sobretudo no período em que chegou à prefeitura do Recife em 2000 e à presidência da República em 2002. Além de João Paulo que chegou a comandar a capital pernambucana, Humberto Costa ocupou o ministério da Saúde no primeiro governo Lula. Durante mais de uma década o partido comandou a capital pernambucana e por quatorze anos ocupou a presidência da República. Esses resultados positivos foram insuficientes para que o partido vivesse uma unidade de fato entre suas lideranças e em 2012, já com a então inédita vitória de Humberto Costa para o Senado, houve uma confusão sem precedentes que culminaria na saída do partido da prefeitura do Recife, entregando de bandeja o comando da capital pernambucana ao aliado histórico PSB. Após seis anos distanciado do PSB, o Partido dos Trabalhadores ensaiou uma candidatura própria de Marília Arraes a governadora, inclusive chegou […]