União Brasil lança candidatura de Soraya Thronicke à Presidência da República

O partido União Brasil oficializou a candidatura da senadora Soraya Thronicke (MS) à Presidência da República.
O lançamento aconteceu nesta sexta-feira (5), no último dia do prazo para as convenções partidárias, durante o evento do partido, em Brasília. A chapa do União não terá apoio de outros partidos.
O economista Marcos Cintra (União) será o vice na chapa de Soraya. Ele é economista, foi deputado federal e secretário da Receita Federal durante o início do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele deixou o cargo em setembro de 2019. De acordo com Bolsonaro na época, a saída foi a pedido do próprio secretário por “divergências” sobre a reforma tributária, que acabou não sendo feita pelo governo.
“O meu trabalho é e sempre será para quem mais precisa de apoio. A minha missão será a de unir o Brasil e eu farei isso com muito amor, com muita facilidade, com muita alegria e muita glória”, disse a candidata.
Soraya substitui Luciano Bivar, que desistiu da candidatura à Presidência no domingo (31) para disputar a reeleição por Pernambuco.
“A briga política não resolveu nada até agora para nós brasileiros, e essa briga não vai nos levar a nada”, disse a candidata, ao se referir à polarização entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas sobre intenção de voto do eleitorado.
Senadora de primeiro mandato e novata em disputas eleitorais, Soraya é apresentada pelo União Brasil como “liberal na economia e defensora da família”. Aos 49 anos, ela é formada em direito e começou na política ao se filiar ao partido Novo em 2017.
A primeira disputa eleitoral de Soraya foi ao Senado em 2018 pelo então PSL. Com 373.712 votos, ela foi eleita na onda de candidaturas bolsonaristas. Mais tarde, Soraya viria a romper com o presidente Jair Bolsonaro. No Senado, Soraya presidiu a Comissão de Agricultura.
Esta é a primeira eleição do União Brasil, partido fruto da fusão entre DEM e PSL. Na última eleição presidencial, o DEM se manteve neutro no 2º turno, enquanto o PSL era o então partido do presidente Jair Bolsonaro, hoje no PL.
Com a confirmação do nome de Soraya Thronicke pelo União Brasil, esta disputa presidencial terá a maior participação feminina desde a redemocratização. O recorde anterior havia sido estabelecido em 2014, quando Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (à época, no PSB) e Luciana Genro (PSOL) disputaram o Planalto.
Desta vez, serão quatro mulheres encabeçando chapas: Soraya Thronicke, Vera Lúcia (PSTU), Sofia Manzano (PCB) e Simone Tebet (MDB). Elas, no entanto, ainda não serão maioria.