The Voice+: Reality musical com talentos acima de 60 anos começa cheio de emoção

FolhaPress

The Voice+, reality musical exclusivo para talentos a partir de 60 anos, estreou na tela da Globo neste domingo (17) à tarde para completar a família The Voice, que já conta com o The Voice Brasil há nove anos e com o The Voice Kids, há cinco. O público tem agora ainda mais motivos para torcer e recebe dos talentos uma importante lição: sonhos não envelhecem.

Apesar de ser o caçula da família, o modelo é o que reúne os candidatos mais experientes. O The Voice+, com direção artística de Creso Eduardo Macedo e direção-geral de Angélica Campos, conta com apresentação de André Marques, com Thalita Rebouças nos bastidores.

Entre os técnicos, a estreante Ludmilla se juntou a Mumuzinho, chegado à turma no ano passado, e aos experientes Claudia Leitte e Daniel.

O programa estreou com as emocionantes audições às cegas, etapa já conhecida pelo público, na qual os candidatos se apresentam e são avaliados pelos técnicos apenas pela voz.

Catarina Neves, 81, natural de Sorocaba e residente em Campinas, abriu a temporada. “Sou uma mulher à frente do meu tempo. Meu casamento durou uns 30 anos”, disse ela. “Um dia dei a louca e falei que homem nenhum ia mandar em mim”. Com 52 anos, ela se casou novamente, com um rapaz de 23, com quem vive até hoje. Catarina tem 5 filhos, 11 netos e 12 bisnetos. Todas as cadeiras se viraram para ela. “Eu quero o Daniel”, escolheu prontamente.

Em seguida veio Vera Maria Ambrozio, 74, de Porto Alegre. Diarista aposentada, interpretou “Isto Aqui, o Que É?”, samba de João Gilberto. Emocionada, ela aproveitou para agradecer aos netos gêmeos por terem feito sua inscrição. “Cantei bastante tempo, a banda parou há três anos pela morte de um dos cantores”, revelou. Entre Mumuzinho e Lud, ela não teve dúvidas: “Eu vou ficar com a Ludmila”, escolheu.

Sua apresentação contou com uma entrada da icônica cantora norte-americana Dionne Warwick, dona de hits como “Heartbreaker” e “That’s What Friends Are For”. Dionne gravou um vídeo de incentivo para Vera. É que elas se conheceram 30 anos atrás quando a famosa artista esteve no Rio Grande do Sul.

“Olá, dona Vera Maria! É a Dionne. Me agrada dizer essas poucas palavras em seu nome. Agora, não foi nenhuma surpresa que você tenha passado tranquilamente pelas seletivas. E eu sei que, sem dúvida, você passará sem dificuldades nas audições às cegas. A sua linda voz deveria ecoar por todo o Brasil, como você merece. Então, boa sorte e Deus lhe abençoe. Um beijo. Tchau”, disse Dionne.

A brasileira recordou o encontro: “Minha patroa me ligou para jantar na casa dela. Fui para lá e, para minha surpresa, encontrei a Dionne Warwick. Cantei para ela, foi maravilhoso.”

Geraldo Maia, 61, chegou de Pernambuco (Recife) e teve as quatro cadeiras viradas. Ele contou que começou a cantar aos 12 anos, influenciado pelo disco “Rosa dos Ventos”, de Maria Bethânia. “Vim para cá pensando nessa pessoa. Alguma coisa nos une nessa jornada da música”, disse, ao escolher o time de Mumuzinho.

Quem também revelou que canta desde a infância foi Zeni Ramos, 67, de Salvador (Bahia). Ela, no entanto, praticou o talento no Mosteiro de São Bento, sendo a primeira mulher negra a cantar sozinha na história da instituição. Todas as cadeiras se viraram para ela, que foi aplaudida de pé pelos técnicos e acabou ficando com Claudinha Leitte.

Cantando “Fica Tudo Bem”, Aurea Catarina, que completará 70 anos na próxima terça-feira (19), conquistou Ludmilla logo de início. Os outros técnicos também apertaram o botão. “Amo vocês, mas quero saber o que o Daniel vai fazer comigo”, disse, ao fazer sua escolha, a candidata que contou com fã clube e torcida organizada vinda de Porto Seguro e Arraial D’Ajuda.