A história de Terezinha Olindina Lima se confunde com a história da ferrovia do norte do Estado. Ela tinha apenas 28 anos e a roupa do corpo quando fugiu da sua casa em Mari, na Paraíba, para morar em Paudalho, na Mata Norte de Pernambuco. A viagem foi feita por amor, com a intenção de viver com um rapaz que conhecera alguns meses antes na Igreja de São Severino dos Ramos, próximo ao centro da cidade. Depois de receber o perdão da família – solicitado incessantemente por meio de cartas emocionadas -, voltou ao estado vizinho para buscar seus pertences e regressou como passageira na última viagem que o trem fez, em 19 de fevereiro de 1977. Depois da fuga, Terezinha viveu 28 anos com o tal rapaz. Pondera, sem culpa e sem pressa, se a aventura valeu a pena. “Só pelos filhos. Porque ele bebia demais”, conclui, finalmente. Por outro lado, tem cada momento da viagem gravado na memória. Continua…