Sobre o Senado, Marília Arraes pondera: “Nem eu, nem niguém se colocou”

Por Renata Bezerra de Melo – Um dos nomes ventilados para concorrer ao Senado pelo PT, a deputada federal Marília Arraes levou falta no ato do PSB, nesta segunda-feira (21), destinado a anunciar o deputado federal Danilo Cabral como candidato ao Governo do Estado.
Teresa Leitão, deputada estadual, e Carlos Veras, deputado federal, também cotados para integrarem a chapa, estiveram no evento, marcado por entusiasmadas saudações dos socialistas aos petistas. Indagado se a ausência da correligionária seria uma sinalização de que o nome dela já não seria considerado nessa construção com o PSB, Carlos Veras, à coluna, observa o seguinte: “Talvez ela não queira, ela nunca disse que queria”. Nos bastidores do PT, essa leitura de Veras já vinha ganhando ressonância em conversas reservadas.
Ele prossegue: “A gente tem que respeitar as posições dela. Ela sabe do projeto nacional de Lula, ela é um grande quadro do PT. Temos que respeitar o tempo da deputada Marília”. Tanto nas hostes petistas como nas hostes socialistas, se admite que o apelo eleitoral de Marília é reconhecido, a despeito de, no PSB, o nome dela ser visto como “não palatável” em função do duro enfrentamento protagonizado por ela e pelo prefeito João Campos na corrida municipal de 2020.
No PT, realçam petistas nas coxias, o nome dela segue no páreo, embora, como argumentou Carlos Veras, ela não tenha se apresentado como candidata ou como alternativa. Procurada pela coluna sobre o assunto, Marília Arraes evita se alongar. Indagada sobre não ter se colocado, nem mesmo internamente diante dos companheiros de sigla, como candidata, ela quebra o silêncio e resume: “Nem eu, nem niguém se colocou”.
Além dela, de Teresa e de Carlos Veras,  o PT contabiliza, na lista de alternativas ainda, o nome de Odacy Amorim, ex-prefeito de Petrolina e único que teria oficiado o partido sobre sua pretensão. Como a coluna cantara a pedra, o PT recorre ao Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) para desenhar o processo de escolha do candidato à Casa Alta.
A primeira reunião, online, será realizada hoje. A ideia é confirmar quais nomes serão, de fato, considerados, se alguém se retira e fazer esse debate. No PT, a previsão é de que, até a primeira quinzena de março, essa triagem esteja concluída.