Queda na temperatura influencia nas doenças respiratórias em crianças? Entenda a relação

Por Tarsila Castro/Folha de PernambucoCom a chegada do inverno e com as temperaturas diminuindo, doenças respiratórias podem aparecer com mais frequência, principalmente entre as crianças. Desde segunda-feira (16), grande parte do Brasil enfrenta uma semana de frio intenso causada por uma forte massa de ar polar. Em Pernambuco, segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), a borda da massa de ar polar deve chegar com pouca intensidade, mas pode derrubar a temperatura máxima em cerca de 4ºC na Região Metropolitana do Recife (RMR)
Devido às baixas temperaturas, mais crianças podem adoecer, e a a tendência é que a procura por leitos de UTI para o público cresça no Estado. De acordo com dados da Secretaria de Planejamento e Gestão de Pernambuco, até o domingo (15), 65 crianças com quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) aguardavam um leito no Estado
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), a rede de Saúde pública de Pernambuco conta, hoje, com 233 leitos para bebês e crianças com Srag, sendo 106 de UTI e 127 de enfermaria. A ocupação geral desses leitos está em 75%, sendo 59% nas vagas de enfermaria e 93% nas de Terapia Intensiva. Nos próximos dias, a previsão da SES-PE é de abertura de 20 novos leitos pediátricos de UTI no Grande Recife.
“É importante ressaltar que o Estado vive, neste momento, seu período de sazonalidade das doenças respiratórias, quando, historicamente, há uma maior ocorrência destas enfermidades. Além disso, entre os pacientes internados nos leitos voltados para casos de Srag na rede pública, menos de 2% apresentam infecção pela Covid-19, predominando, portanto, casos provocados por outros agentes infecciosos, como rinovírus, vírus sincicial respiratório, metapneumovírus, entre outros”, destacou a SES-PE em nota.
Segundo o médico infectologista e mestrando em Saúde Pública pela Fiocruz Bruno Ishigami, os vírus respiratórios tendem a se propagar em um ambiente mais frio e seco
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