Presidente do STJ nega estender domiciliar de Queiroz a demais presos no grupo de risco da Covid

G1

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, negou nesta quinta-feira (23) um pedido para conceder prisão domiciliar para todos os presos do país que pertençam ao grupo de risco para o novo coronavírus.

O pedido foi enviado ao STJ no último dia 10, logo após Noronha conceder a prisão domiciliar ao ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) Fabrício Queiroz e à mulher, Márcia Aguiar. A decisão foi motivada pelos riscos da pandemia de Covid-19.

A íntegra da decisão desta quinta ainda não foi divulgada. Ao rejeitar o pedido, o ministro considerou que o pedido é genérico, já que não trata da situação concreta de cada preso.

Na ação, advogados do Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos defenderam que o benefício de Queiroz e Márcia deveria ser ampliado a todos os presos do grupo de risco, e que tenham praticado crimes sem violência ou grave ameaça.

Ao decidir sobre o casal, no último dia 9, Noronha ponderou que as “condições pessoais” de saúde e idade de Queiroz não recomendariam mantê-lo na cadeia durante a pandemia.

Os demais presos

No pedido de extensão do benefício a outros presos, o grupo de advogados citou uma série de decisões de magistrados de instâncias inferiores pelo Brasil, que negaram pedidos de prisão domiciliar para presos com doenças como câncer, hepatite C, diabetes e hipertensão.

Como o habeas corpus foi apresentado em meio ao recesso, o pedido de liminar foi para análise do presidente do STJ, a quem cabe decidir questões urgentes no período.

O habeas corpus ainda deverá ser analisado no mérito pelo tribunal, a partir da volta do recesso.