Pesquisas também erram…

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Jaques Wagner, candidato petista ao Governo baiano em 2006, estava arriscado a não ir ao segundo turno: de acordo com as pesquisas, perdia por 48 a 31. Ganhou no primeiro turno. O presidente americano Harry Truman, em 1948, perdia longe nas pesquisas para seu adversário Thomas Dewey, governador de Nova York. Ganhou – e festejou a reeleição com uma foto clássica, mostrando a manchete do Chicago Daily TribuneDewey derrota Truman.

Em 1985, Fernando Henrique estava tão vitorioso nas eleições de São Paulo que até posou para fotos sentado na cadeira de prefeito. Perdeu para Jânio Quadros, que tinha vencido eleições pela última vez havia 25 anos. Até as garrafas de vinho Chateau Petrus de sua adega sabiam que Paulo Maluf se elegeria prefeito de São Paulo em 1988, seguido, diziam as pesquisas, pelo peemedebista João Leiva, ficando em terceiro, bem perto do segundo, a petista Luiza Erundina. Erundina ganhou.

Mas o mundo não é só política. Nos anos 50, a Ford Motor Company decidiu retomar a posição de maior indústria automobilística do mundo, que tinha perdido para a GM uns 30 anos antes. Fez uma pesquisa caríssima, cobrindo todo o mercado americano; e nela teve tal confiança que o carro que daí resultou recebeu o nome de Edsel, o filho único – e falecido – de Henry Ford. Foi um dos maiores fracassos da história da empresa americana.

E daí? Daí, nada. Pesquisas também registram longo histórico de acertos. Mas é bom lembrar que, se pesquisa nunca errasse, nem precisaria haver eleições. (Carlos Brickmann)