Opinião: Eduardo nunca se dobrou ao PT

Por Magno Martins – O trágico acidente aéreo que tirou a vida de Eduardo Campos provocou, consequentemente, a morte lenta do PSB. É como se o partido estivesse agonizando na UTI, com aparelhos ligados. Eduardo vivo, dificilmente Lula, a alma mais honesta do planeta, estivesse fazendo esse jogo sujo e desonesto com o partido.
Lula zombou do PSB ao receber Marília no mesmo dia em que posou ao lado de Danilo Cabral. Foi a única mão que beijou, enquanto Danilo ficou na fila de espera do beija-mão dele, na última quarta-feira, em Brasília. Duvido Eduardo aceitaria igual tratamento estando em jogo uma aliança que o PT parece refém do PSB.
Difícil acreditar, igualmente, que Eduardo aceitasse Geraldo Alckmin, filiado ao PSB e indicado para vice de Lula, paparicar Marília, distribuir sorrisos e posar ao seu lado. Só não beijou a mão de Marília, como o ex-presidiário, porque parece que, felizmente, não é chegado a atos demagogos e populistas como Lula.
Vivo, Eduardo jamais teria deixado no sereno, submetido a todo tipo de humilhação, o ex-governador de São Paulo, Márcio França. Embora com chances de ganhar a eleição para o Governo do Estado, França foi obrigado a abrir mão da disputa, pisoteado e jogado numa aventura para o Senado como um boneco de estimação de Lula e seus asseclas, cujo símbolo na testa é o da corrupção.
Com Eduardo no comando do PSB, Lula já teria ouvido boas e duras verdades na cara. Falta ao partido, um líder de coragem, que mostre força, que não se submeta a nenhum tipo de vexame por parte de um candidato ao Planalto que vive se explicando, dos roubos e assaltos aos cofres da Petrobras praticados pelo PT e sua quadrilha.
Sem Eduardo, o PSB é um partido moribundo.