Opinião: Chega de Bozonaro

A gravidade deste momento histórico do Brasil indica que atingimos patamares insuportáveis. Não basta a ameaça da pandemia provocada pelo Covid-19 e a crise econômica com dramáticos impactos sociais. Temos também a aceleração de um impasse político provocado diretamente por quem seria o maior responsável pela pacificação nacional, o suposto presidente do País.

As cenas de ontem em frente aos palácios do Planalto e do Alvorada são, na verdade, um atestado público de insanidade mental desta triste figura chamada Jair Messias Bolsonaro, vulgo Bozonaro. Nunca antes se viu algo assim, nem com o caricato Idi Amin Dada na Uganda.

É mais que uma vergonha para o Brasil, dentro e fora de nossas fronteiras, ter algo tão degenerado. Na verdade, é mais que insano o comportamento dessa celerada criatura, ao praticar transgressões múltiplas num só ato: rasga a Constituição Federal ao insuflar as multidões para praticar a destruição do Estado Democrático de Direito, confrontando os poderes Legislativo e Judiciário, além do crime de lesa pátria ao incitar o povo para ir às ruas num momento de calamidade pública por conta do vírus que se alastra em todo o mundo.

Não, realmente inexiste outra explicação além da insanidade mental desse delinquente. Num momento, apoia a todos os seguidores a irem às ruas, em seguida nega peremptoriamente o que comprovadamente havia feito, depois faz um novo clamor em instalações militares para a mobilização de massas, nos dias seguintes realiza pronunciamento formal pedindo para que não ocorra mobilização, mais tarde, de forma reincidente, convoca a população e em outra ocasião apela para a união nacional frente à imensa ameaça do vírus.

Mas eis que no dia mesmo do evento, ele renova os chamamentos, celebra sua realização e, ainda pior, vai pessoalmente participar das demonstrações que na prática são para a implantação de um regime de exceção.

Ora, não existem palavras suficientes para esse comportamento: é inteiramente louco, improbo, desatinado, maluco, demente, inconsequente, desequilibrado, insano, paranoico, desvairado, alucinado, delirante, desnorteado, tresloucado, desmedido, desmesurado, mentecapto, alienado, idiota, decrépito, aloprado, asnático, descerebrado, desmiolado, estúpido, parvo, beócio, néscio, temerário, energúmeno.

Não, nem todas as palavras reunidas podem descrever o grau de insanidade mental e moral deste meliante que foi eleito com o apoio das elites financeiras de São Paulo e que ainda conta com respaldo de parte das Forças Armadas.

Aliás, existe algo realmente ameaçador no ar. Confirmou-se que Bozonaro está em articulação direta com as polícias militares, como ficou evidente ontem. Isso, inclusive, passa por cima das Forças Armadas e constitui uma assombrosa violência criminosa contra o funcionamento das instituições nacionais.

Já havíamos registrado o ocorrido no Ceará, quando se viu a vinculação com as lideranças da sublevação militar ocorrida, inclusive com atentado a bala contra um senador da República e até agora sem punição.

Ao longo do domingo Bozonaro seguiu postando vídeos, exaltando e exortando os manifestantes, contando com o aval da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Todos desdenhando das recomendações do Ministério da Saúde e das demais autoridades sanitárias do País. Assim, aquele que seria o comandante da defesa da população é quem vai pessoalmente colocar em risco as vidas dos brasileiros, de forma absolutamente criminosa, em todos os sentidos.

Há que se colocar um limite para esse patamar de patologia social e política. Quem vai dar um basta? Onde estão os brasileiros de coragem e estatura moral para injetar o mínimo de razão, sensibilidade, equilíbrio, responsabilidade, sanidade para que o Brasil não entre num descalabro e completo descontrole geral?

Temos que buscar e alcançar a razoabilidade se queremos preservar os interesses coletivos. E ontem ultrapassamos toda e qualquer medida em termos de alucinação descontrolada de quem supostamente deveria estar conduzindo nossa pátria.

De fato, Bozonaro tenta surfar num caldo podre em que as elites meteram o Brasil. Só que ele não tem a mínima condição de ser o condutor da superação que devemos clamar. Sem condição, porque é parte do que há de mais podre a corroer nossa pátria: as milícias. Além de ser um político tradicional e fisiológico, passou a vida inteira praticando o que há de mais sujo, a exemplo das “rachadinhas” com seus filhos psicopatas e outras manias bestiais de fazer política.

Também, vale ressaltar, sempre foi inteiramente óbvio que Bozonaro não tem preparo ou equilíbrio algum, o que já havia sido claramente constatado quando foi condenado por três votos a zero em primeira instância e preso em julgamento militar tendo como base a prática de terrorismo.

Realmente, não pode haver ninguém mais desqualificado, em todos os aspectos, do que esse Bozonaro. Só que, por irresponsabilidade das elites financeiras de São Paulo, que o apoiaram de forma efusiva, ele se elegeu, com o falso discurso de ser contra tudo e contra todos os partícipes da podridão geral que realmente tomou conta do Brasil.

É verdade sim que os parlamentos, federal, estaduais e municipais, se desfiguraram em arranjos insustentáveis, longe dos interesses legítimos do povo sofrido, humilhado e ofendido do Brasil. É verdade sim que os poderes executivos, federal, estaduais e municipais, geraram um epidemia de corrupção e incompetência, levando as administrações públicas ao caminho da insolvência.

É verdade sim que os poderes judiciários, federal e estaduais, também estão mergulhados em desacertos de todos os tipos, até mesmo entrando no “justiçamento”, como a turma de Curitiba que praticou punições seletivas com claras intenções de politização, ficando evidente com a entrada do “juiz” Moro no desgoverno do Bozonaro.

É verdade sim que o empresariado brasileiro se “vendeu” ao capital internacional, fazendo lançamentos de ações nas bolsas de valores em processos imorais com falsificação de dados, como se evidenciou recentemente com a XP Investimentos e antes com o grupo de Eike Batista, dentre muitos outros, além do que se revelou nas verdadeiras fábricas de corrupção do gigante mundial JBS, das empreiteiras, do descalabro ambiental da Vale do Rio Doce e, ainda mais grave, dos grandes bancos que vivem a espoliar o povo e obter proteção sistêmica de todos os “podres poderes”.

É verdade sim que as igrejas neopentecostais se transformaram em negócios e as “almas” na prática são fontes de receitas para enriquecer os “bispos”, além da igreja católica ter mergulhado numa decadência integral, inclusive com as revelações tenebrosas das amplas práticas chocantes de pedofilia e corrupção de todas as sortes.

Frente a essa realidade sufocante, quem no Brasil de hoje ainda poderia retirar nossa pátria desse pântano em crescente putrefação? Onde estão nossos intelectuais? E os artistas que antes representavam o melhor espírito do povo? E as lideranças populares? Tudo se torna sombrio ao vermos que realmente não existem alternativas reais para reerguer o Brasil.

E aí vem o perigo de sempre, desde a “proclamação” da república: onde estão os militares? O Bozonaro tenta exatamente cooptar partes das forças armadas para viabilizar seu sonho tresloucado de uma “ditadura pessoal”, ao estilo de Vargas, tentando o respaldo dos estamentos militares, que por inviável ele agora busca um papel central para as polícias militares na consumação de um golpe de estado, a partir da geração do caos incontrolável desesperadamente buscado por ele como única chance de virar o ditador.

Constatada a falta de lideranças em todos e quaisquer setores civis, o Brasil hoje, inexoravelmente, está na dependência integral das Forças Armadas. Felizmente temos um General de 4 Estrelas como vice-presidente, homem preparado, de histórico impoluto, educado, espontâneo, aberto, experimentado, que hoje é o único ponto de união existente, legítimo e constitucional. No caso, para realizar as reformas VERDADEIRAS que o Brasil necessita, fazer TODOS os ajustes urgentes e emergenciais, sob pena de colapso completo e até mesmo de uma desintegração da nossa pátria.

O General Hamilton Mourão necessita assumir, LOGO, o comando do Brasil, com o respaldo amplo, geral e irrestrito das Forças Armadas, num compromisso de realizar uma Constituinte para que possamos construir um novo arcabouço viável para nossa Pátria e assim faça por merecer realmente ser chamada de “Amada”.

Para o General Mourão simplesmente assumir a presidência da república em busca de uma “acomodação”, há um risco ou mesmo certeza de que vai se “mudar” para continuar como antes. Não podemos perder a oportunidade que a crise sistêmica atual oferece para resgatar o Brasil e voltarmos a ter um futuro digno de nossa imensa potencialidade geral.

Temos que ajustar nossa Carta Magna, numa constituinte exclusiva, para construirmos uma nova estrutura política que acabe com os partidos de “donos”, que engajem verdadeiramente as comunidades, adotando o voto distrital e que garanta que as mulheres tenham 50% de todos os espaços de representação política e institucional, em todos os planos da vida pública.

Temos que redesenhar a federação, redistribuindo racionalmente as atribuições de cada ente mas dentro de efetivo controle social, a partir de novos paradigmas de eficiência e eficácia. Temos que criar punições severas e implacáveis contra a corrupção, em todas as instâncias.

Temos que aprofundar a defesa da população contra o abuso de poder das autoridades, em todos os níveis e em todos os setores. Temos que criar um ambiente saudável para os empreendedores e para a geração de empregos, dentro de um realismo pragmático em termos de economicidade e equilíbrio para que os empreendimentos possam prosperar.

Temos que criar um sistema financeiro que não possa espoliar a economia popular, seja parte efetiva do financiamento da produção e não destruidores de valor. Temos que criar um sistema tributário no qual os mais ricos paguem mais e os na extrema pobreza não paguem imposto algum, num sistema tributário justo de progressão por faixa de renda.

Temos que abolir todo e qualquer subsídio que deforma e destrói a racionalidade econômica, mas viabilizando que aquele em estado de miséria tenha uma renda produtiva para sobreviver com dignidade. Temos que resolver o problema gravíssimo da insolvência do setor público, revisando todos os gastos, minimizando as estruturas burocráticas e concentrando nas pontas operacionais do serviço público.

Temos que refazer nossa estratégia internacional, com base em relações puramente pragmáticas que atendam aos legítimos interesses econômicos do Brasil, com a mais integral altivez e sem com qualquer postura subalterna, sempre respeitando a legalidade, a moralidade e a autodeterminação dos povos.

Temos que colocar as forças armadas para terem um papel da defesa do nosso território mas também engajadas de forma sistêmica contra o narcotráfico, as milícias e os usurpadores da pátria. Esses são alguns pontos a serem encarados pelo General Mourão que deve assumir um compromisso, junto com as Forças Armadas, para termos a superação desse impasse que levou nossa pátria a ser ultrajada ao extremo.

Esses são alguns pontos a serem encarados pelo General Mourão que deve assumir um compromisso, junto com as Forças Armadas, para termos a superação desse impasse que levou nossa pátria a ser ultrajada ao extremo.

Eis o único caminho para realmente salvar o Brasil.

Chegamos a um momento novo. As Forças Armadas sempre representaram o que há de mais patriota, apesar dos graves equívocos do passado autoritário. Agora é chegada a hora de se usar a autoridade, a popularidade e o respeito das Forças Armadas para implantar uma Democracia de verdade, implantando as reformas sociais inadiáveis.

Sem tutela, mas com engajamento legítimo das Forças Armadas, para realmente acabar a fome, não a partir de programas paternalistas como o Bolsa Família, mas sim com a ocupação de todos que queiram trabalhar e tendo espaço para realizar atividades produtivas comunitárias, participando de serviços e obras de interesse público, também condicionado a ter os seus filhos até 18 anos educados em estabelecimentos de ensino de tempo integral e de qualidade.

O Governo Mourão deve ser de REAL união nacional, não no sentido de juntar o que está passado de podre e SIM renovar fazendo surgir novos quadros, só colocar no governo quem seja 100% ficha limpa, em todos os sentidos, não apenas legal mas também de posição em favor da dignidade humana e do Estado Democrático de Direito, escolhendo exclusivamente quem tenha experiência, calibre e capacidade, numa linha rígida de hierarquia como existe nas Forças Armadas.

Necessitamos de um Governo com G maiúsculo, mobilizando os funcionários de carreira a partir de comprovado desempenho nas funções e sem qualquer tipo de ligação privada que possa contaminar seu desempenho. E sendo implacáveis com quem quer que saia da linha da ética, da eficiência e do que é certo.

Devemos aproveitar esse esgotamento geral para construir um novo momento de renovação e superação positiva. Mesmo tendo o General Mourão na liderança desse processo, necessitamos de uma participação mais ampla das Forças Armadas, num ato democrático e popular para passarmos o Brasil a limpo, unindo todas as regiões e camadas da população que queiram participar dessa batalha pela nossa sobrevivência como Nação.

Todos os militares com real dignidade que participam do atual desgoverno devem pedir afastamento imediato. Temos que deixar o Bozonaro cair no vazio da sua verdadeira insignificância. Deixa que os tresloucados seguidores do psicopata “mestre”e “guru” da astrologia, verdadeiro comandantes dos corações e as mentes doentias da “famiglia” Bozonaro e seus seguidores suicidas, levem logo esse pesadelo ao fim.

Vamos membros dignos das Forças Armadas, tomem todos uma atitude de responsabilidade e coragem. Esse descalabro não pode continuar e não podemos que nossas Forças Armadas, admiradas em todos os segmentos sociais, recebam as manchas desse atual desgoverno. Sempre e somente seguindo o Estado Democrático de Direito. (Por Magno Martins)