‘Minha Casa, Minha Vida’ tem 25% de inadimplência e beneficiários podem até perder o imóvel…

1-17

Um levantamento feito pelo governo mostra que 25% dos beneficiários do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ de renda mais baixa não estão pagando as prestações dos imóveis. Um em cada quatro está inadimplente. No fim das contas, essas pessoas podem perder o imóvel por causa de uma prestação de valor baixo, de menos de R$ 30 por mês.

Esse é um dos problemas, mas tem outros. Além da falta de pagamento, o governo suspeita que alguns beneficiários tenham alugado, o que é proibido, ou até vendido o imóvel. O governo vai fazer uma campanha para que os beneficiários do programa com prestações em atraso regularizem o pagamento.

O último levantamento mostra que mais de 25% dos que conseguiram esse tipo de financiamento em todo o país não estão pagando as prestações. Todos serão chamados para uma conversa e vão receber uma advertência. Precisam voltar a pagar as prestações e tentar refinanciar os valores atrasados. Caso contrário, poderão não receber a escritura do imóvel no final do contrato. E nos casos em que não houver regularização, a pessoa pode perder o direito de morar no apartamento.

Continua…

O ministro das Cidades, Bruno Araújo, disse que ainda está fechando o formato da campanha, que deve começar no Paranoá Parque, em Brasília, e depois vai ser levada para todo o país. Mas a ideia inicial é montar uma espécie de escritório dentro dos condomínios, com representantes da Caixa Econômica Federal e do governo para levar informações aos moradores sobre a necessidade de manter em dia o pagamento das prestações e também de cumprir as regras do contrato, que proíbe, por exemplo, o aluguel e a venda do imóvel.

O governo está cruzando informações do beneficiário do programa com a conta de luz, por exemplo, e já encontrou casos em que a conta vem em nome de outra pessoa, o que pode indicar que o apartamento foi alugado ou vendido. Se essa suspeita for comprovada, a pessoa vai perder o imóvel.

“Gente que alugou, gente que vendeu de gaveta, porque se as pessoas fizeram isso, é porque na verdade elas não necessitavam daquela casa, e aí nós vamos buscar um na fila, que está lá esperando a casa dele, para que ele ocupe essa unidade que o primeiro destinatário, na verdade, não precisava”, disse a secretária Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Maria Henriqueta Arantes.

A Secretaria de Habitação também disse que nas próximas semanas o governo vai retomar 8 mil obras do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ que estavam paradas. (Agência Brasil)