MasterChef Profissionais: Pernambucano começou na cozinha aos 14 anos para ajudar família…

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A insistência da filha Angélica, de 9 anos, e da esposa foi o que empurrou o chef Ivo Lopes para participar da primeira edição do MasterChef Profissionais, reality show exibido às terças-feiras, às 22h30, pela Band. O pernambucano, que já soma mais de 25 anos de experiência em cozinha, atualmente mora em Americana, no interior de São Paulo, e presta consultoria aos restaurantes da rede Alessandro e Frederico – mas faz questão de ressaltar que “começou de baixo”, lavando pratos na pia de um pequeno restaurante italiano no Rio de Janeiro, já fechado. Mesmo sem formação profissional, Ivo comandou restaurantes renomados, como o Due Cochi e o Pomodori, ambos em São Paulo, e o Terra Madre, em Curitiba. Hoje com 40 anos, o chef, que nasceu em João Alfredo, em uma família de doze filhos, celebra a experiência adquirida no reality (no qual é um dos cinco finalistas) e garante que é privilegiado por trabalhar com gastronomia.

Como surgiu a ideia de participar do MasterChef Profissionais?

Entrei por conta da minha esposa e da minha filha, que insistiram muito. Eu estava fazendo a consultoria para os restaurantes, aqui no Brasil e no Paraguai, então estava correndo para lá e para cá. Mas elas falaram tanto “por que você não se inscreve? Vai dar um boom na carreira” que eu aceitei. Só que deu boom demais [risos]. Eu estou muito feliz com a repercussão do programa.

Continua…

Como é a rotina de gravações?

Eu não posso contar nada, mas a gente fica o dia inteiro no estúdio gravando. A intensidade é louca, é o dia todo, muito tempo de espera, aquelas provas fortes… Não é fácil, não [risos]. Na verdade, a gravação em si não demora muito, mas o preparo, sim. A gente fica no camarim muito tempo sem saber absolutamente nada, é angustiante. O fator surpresa, de a gente nunca saber o que nos espera, torna tudo mais louco e eu acho que é por isso que o programa é o sucesso que é.

O que a experiência no programa acrescentou à sua vida?

Qualquer aparição na televisão é muito bom para quem trabalha com gastronomia e, quando você faz um bom trabalho, é melhor ainda. Eu ainda estou no ar no programa, tem muita coisa para acontecer lá dentro, mas eu posso dizer, sem dúvida nenhuma, que ajudou muito minha carreira. Sem contar que eu aprendi bastante. Gastronomia é sempre um aprendizado. Claro que, quando a gente começa a trabalhar aos 14 anos de idade, como foi o meu caso, é por necessidade, para ajudar a família. Mas, com 17 anos, eu já estava completamente apaixonado pela gastronomia e não tinha mais como sair dela. Foi uma ida sem volta, um amor sem fim.

Como você julga as avaliações de Paola, Fogaça e Jacquin?

Acho que eles pegam muito leve. É diferente nessa temporada, são todos profissionais, então o olhar tem que ser outro. Mas todos os jurados são excelentes, conhecem meu trabalho e me respeitam. Independentemente de eu achar que meu prato estava bom, o jurado está na posição de chef, tenho que respeitar. Não posso ficar peitando, ele tem a opinião dele e eu tenho mais é que calar a boca e ficar quieto mesmo.