João Campos não deve ser secretário agora…

Por Arthur Cunha – especial para o blog do Magno Martins

O deputado federal eleito João Campos não deve voltar ao secretariado do governador Paulo Câmara de imediato. A avaliação do núcleo governista é que, por enquanto, o filho de Eduardo Campos não pode se afastar das bases que o elegeram com a maior votação da história, e querem a sua presença constante – o jovem, inclusive, já está participando das reuniões da bancada do PSB a andando pelo interior para agradecer os votos. Em Brasília, João reforçará, até pelo peso do seu sangue, os espaços de poder de Pernambuco na cúpula do partido.

Outro fator que influenciou a decisão foi a grande interrogação que será o Governo Bolsonaro. Se o futuro presidente e Pernambuco mantiverem boas relações no campo institucional, o estado pode receber recursos da União para obras e ações. Contudo, se a relação for ruim, as torneiras podem continuar fechadas. O que dificultaria as realizações de João em alguma secretaria fim. Apesar dessas questões, o martelo ainda não está completamente batido, e Campos ainda pode ser convocado.

A não ida do deputado eleito para o primeiro escalão estadual acarretou, de imediato, a confirmação da permanência de Fred Amâncio na Secretaria de Educação, pasta que poderia ficar com João. Técnico da mais alta competência, um verdadeiro coringa, Fred já seria aproveitado em outra secretaria. Ficará, então, na área mais exitosa do governo. Seu trabalho foi aprovado. Mesma situação, como este blog cravou, vive Antônio de Pádua, que seguirá na Defesa Social, informação, aliás, antecipada pela coluna na semana passada.

Outra pasta apontada como destino de João, a das Cidades, tende mesmo a ficar com o MDB, que indicará Fernando Dueire, primeiro suplente do senador eleito Jarbas Vasconcelos. O único empecilho para a batida do martelo é que os jarbistas têm um certo receio com os órgãos de controle, já que a Secid, sob a batuta do PSD, tem muitas contas pendentes de aprovação. Por isso a demora.

Nesse cenário, faltaria, apenas, escolher o titular da terceira secretaria ventilada para João, a de Turismo. Mas isso entraria na negociação com os partidos da base.