João Alfredo realiza o 4º Encontro de Bacamarteiros

Previsto pra acontecer na manhã deste domingo, no bairro Boa Vista, o 4ª Encontro de Bacamarteiros de João Alfredo reunirá dezenas de brincantes, integrantes de dez grupos convidados de cidades do Estado.  O evento é promovido pela Associação Unidos Pelo Bacamarte, desta cidade, com apoio da Prefeitura Municipal de João Alfredo, através da Secretaria de Educação e Cultura e do Departamento de Cultura. 
Até o presente, já chegaram à Cidade Feliz os “batalhões” de Bezerros, Bonito, Machados, Sairá e Araçoiaba (dois grupos). Mas o presidente da AUB, Didi Chaveiro, coordenador do evento, disse ao blog que já recebeu as confirmações de presenças de todos os  grupamentos convidados. Pela programação, inicialmente os bacamarteiros assistirão a Missa, seguindo-se de desfile pelas principais ruas da cidade, inclusive parrada e breve aprosentação no polo forrozeiro da avenida Presidente Kennedy, voltado para o palco instalado em frente à matriz, onde haverá mais apresentações e muito forró. Em João Alfredo, além do “Batalhão 12” (AUB) existe o “Batalhão da Paz”, este último dirigido pelo brincante Eliathah Cordeiro. 
Bacamarteiro
Segundo a Wikipédia, o bacamarteiro é um atirador que usa uma arma conhecida como bacamarte para efetuar disparos de pólvora seca, em manifestações populares como procissões, quermesses e outros festejos, inclusive em cerimônias cívicas e políticas.
A manifestação cultural dos bacamarteiros, mais propriamente, consiste em um grupo de pessoas, vestidas com calça e camisa de zuarte, lenço no pescoço e chapéu de palha ou couro, que se reúnem em grupos, troças ou batalhões, sob a chefia de um sargento e o controle geral de um comandante, e realizam uma apresentação performática. O comandante do grupo responde, perante às autoridades, pelos atiradores durante as apresentações. O nome bacamarteiros deriva do bacamarte, arma de fogo de cano curto e largo, reforçada na coronha, usada pelos bacamarteiros. A arma já era usada na Europa pelo menos desde o século XVIII, mas não se sabe como ela chegou no nordeste. O que é sabido é que ela foi adaptada para o folguedo, uma vez que anteriormente, usava-se chumbo, mas nos festejos nordestinos, é usada a pólvora, porque produz mais barulho e fumaça.