Já aparecem as peças para o xadrez político de 2020…

A política costuma reduzir seu curso após as eleições, até para que os eleitos e não eleitos possam diminuir seu ritmo de trabalhar e curtir a família, retomando a correria ao assumir o mandato e redobrando os esforços com a proximidade de outras campanhas.  Mas alguns parlamentares eleitos em 2018 já sonham com a chegada de 2020 para disputar a vaga de chefe do Executivo. Nas coxias da política, no buraco frio da Alepe, nos bastidores e jantares, o foco é rearrumar a casa, sentir as ruas e planejar o próximo pleito. Na capital, pela proximidade e fidelidade de Humberto Costa(PT) ao governador, o PT deve ser contemplado com a vaga de vice-prefeito devendo ser indicado um personagem da alta confiança do senador. Este movimento agrega a força petista ao palanque da Frente Popular e previne que a deputada federal eleita Marília Arraes(PT) divida votos no campo progressista com o provável candidato do Palácio, João Campos. Em Jaboatão, muito se fala que a delegada Gleide Ângelo deve ser ungida para brigar com a família Ferreira, mas não é certeza nenhuma, além de haver menos consenso ainda sobre a vaga de vice. Lá, se Cleiton Collins não for candidato, Neco(PP) pode ter a vez de estar ao lado da candidata.

Em Paulista, a possibilidade de uma candidatura de Francismar (PSB) conta com a simpatia do prefeito Júnior Matuto e um governista forte para estar ao lado da chapa é o vereador Dr Vinícius Campos(SD). Já em Olinda, o ex-prefeito Renildo(PCdoB) foi eleito deputado federal, mas há dúvidas se ele deva ser candidato novamente. Extremamente mal avaliado, o ex-gestor teve apenas 3 mil votos na cidade em 2018, embora contasse com apoio irrestrito do Palácio. O PCdoB terá mantida sua posição de protagonista no município, só não se sabe ainda se com João Paulo, Renildo ou outro nome curinga. Por último, mas não menos importante, em Petrolina a disputa está em um local especial do radar do Palácio. Tanto Lucas Ramos (PSB) quanto Odacy (PT) são muito fortes no colégio eleitoral e ambos dificilmente abririam mão da candidatura a prefeito. Os dois foram lideranças do governador Paulo este ano e não seria razoável que ele se indispusesse com aliados de primeira hora. (Marcelo Velez)