Governador descarta concessão de reajuste…

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O governador Paulo Câmara (PSB) admitiu que a aprovação do reajuste do funcionalismo federal pelo Senado provocará pressão dos servidores estaduais por aumento salarial, mas ponderou que é preciso cautela,  devido à situação delicada do cenário fiscal. Nas contas do Palácio do Planalto, o impacto do reajuste nas contas do governo federal será de R$ 53,3 bilhões, até 2019, e poderia causar efeito cascata nos cofres dos estados. No entanto, o administrador do PSB afastou a possibilidade de reflexo na máquina em Pernambuco.

Paulo Câmara pediu a compreensão dos servidores estaduais devido a impossibilidade do Estado de conceder reajuste em 2016. No balanço do primeiro quadrimestre, a máquina estadual esteve acima do limite prudencial de gastos com o funcionalismo público. O percentual ficou em 47,13% quando o limite prudencial é de 46,55%. Segundo ele, as dificuldades em conceder reajustes salariais são uma constante em todo o País, por conta da imprevisibilidade do cenário econômico nacional.

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É lógico que a pressão aumenta. Os estados estão com muita dificuldade de dar aumento, inclusive, os municípios também. Isso cria dificuldades. A gente sabe da crise, a gente sabe do pouco que nós temos. Precisa de compreensão, compreensão de cada um ver o que está acontecendo no seu estado, na sua cidade. Com base nisso, saber que a gente está fazendo tudo que é possível para manter as contas equilibradas”, avaliou Paulo Câmara, durante o lançamento do Projeto Vida Aprendiz, ontem.

Em contrapartida, o governador garante que as portas não ficarão fechadas para o diálogo com os servidores e que a gestão trabalha com a possibilidade de voltar a conceder aumentos, caso o cenário fiscal apresente melhora. “Pernambuco está acima (do limite prudencial), está com 47% (de comprometimento da receita) e ficou impossibilitado de conceder aumento, mas estamos conversando com cenários futuros, porque a gente também não vai deixar de dialogar, porque a gente sabe também da importância de valorizar os servidores”, ponderou. (Folha de Pernambuco)