Evangélicos impulsionam Bolsonaro e Marina, diz Datafolha…

A um ano das eleições, pesquisa Datafolha, divulgada nesta segunda-feira (23), na Folha de S. Paulo aponta o peso da religião nos votos dos pré-candidatos à Presidência da República em 2018. Os votos de católicos (52% da população) e de evangélicos (32%) impulsionariam o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e a ex-senadora Marina Silva (Rede) na corrida presidencial, mas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue como primeira opção do público geral e entre eleitores das duas religiões.

No quadro geral, Lula tem entre 35% e 36% das intenções de voto nos cenários nos quais seu nome é testado, liderando a pesquisa. Nos cenários com Lula, Bolsonaro teria entre 21% e 22% das intenções de votos evangélicos, e Marina, com 17% das intenções em ambos os cenários. Já entre os católicos, o petista ampliaria a margem. Lula teria 40% das intenções de votos, enquanto Bolsonaro teria entre 13% e 14% das intenções e Marina, de 11% a 12%.

Se Lula não for candidato, a ex-senadora tem ainda mais força com o público evangélico, são 27% das intenções de voto, contra 23% no público geral. Nesse cenário, Bolsonaro viria em segundo, com 23%das intenções do público evangélico e 18%, do geral. Entre os católicos, Marina aparece com 21% e Bolsonaro, 16%.

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), conta com 8%a 10% das intenções de votos do público geral, de 7% a 9% de católicos e evangélicos nos dois cenários.

Rejeição
Os evangélicos rejeitam mais Lula (46%) e menos Bolsonaro (27%) e Marina (21%) do que a média da população. Já a rejeição dos católicos com Lula é menor (39%), porém maior se comparado a de Bolsonaro (34%) e de Marina (29%). Entre os nomes que figuram na lista, o do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, é que sofre menos rejeição, com 19%. Ele, contudo, não se declara candidato, embora converse com algumas legendas.

Entre os tucanos, João Doria é menos rejeitado do que o seu padrinho político, governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. O prefeito possui 25% de rejeição do público geral, ante 31% do governador. Já entre católicos, Doria é rejeitado por 25% e Alckmin por 33%, enquanto que, entre os evangélicos, a rejeição do prefeito é de 22% contra 28% do padrinho.

A pesquisa foi realizada entre 27 e 28 de setembro com 2.772 entrevistados em 194 cidades. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos. (Blog do Diário)