Entendo alianças que Lula precisa fazer, diz Marília Arraes de apoio a PSB

Informação do UOL – A pré-candidata do Solidariedade ao governo de Pernambuco, Marília Arraes, disse, durante sabatina UOL/Folha realizada hoje, que “entende as articulações” que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem que fazer para se viabilizar na disputa presidencial. No estado, o partido deu apoio ao pré-candidato Danilo Cabral (PSB), que foi o principal foco de suas críticas na entrevista.
Ela também defende a chapa de Lula, mas sem contar com o apoio recíproco. “Eles [o PSB] tentam se furtar de discutir a situação do estado tentando focar no cenário nacional, quando em 2020 toda mazela do mundo colocavam no PT, como se o PT fosse uma turma de ‘gângsteres’. Era assim que tratavam o partido, Lula. O meu posicionamento, não. Sempre apoiei o presidente Lula”, declarou.
“Atritos existem até dentro da nossa casa [sobre sua saída do PT]. Houve debate, divergência de estratégia político-eleitoral. Entendo as alianças que Lula precisa fazer. Digo sempre que, por mim, todos os candidatos apoiariam Lula, o que estou interessada mesmo é que a gente volte a ter um Brasil da maneira que crescia”, disse.
“Os debates internos que o PT faz não interessam mais, acho que a gente tem que conversar sobre Pernambuco. Tenho todas as convergências ideológicas possíveis com PT, mas, localmente, seria inviável apoiar projeto que está sendo ruim para Pernambuco”, acrescentou Marília. “Não estou enfrentando o PT. Tenho uma divergência tático-eleitoral só”, afirmou.
Ela criticou a “perpetuação no poder do PSB” e o projeto da legenda para o estado e disse que “esse projeto atual está destruindo o estado. Vemos essa tragédia todos os dias”.
Sobre estar no Solidariedade e contar com uma aliança com o PSD, que é um partido mais de centro-direita, ela disse que mostra “uma capacidade de diálogo” e que “não vivemos um momento normal do país”. “O Brasil está precisando dessa unidade. Estamos com a democracia cotidianamente ameaçada por Bolsonaro. Estamos num momento em que é necessário unir quem é a favor da democracia”, destacou.