E que os filhos conheçam a força que brota do AMOR” (Pe. Zezinho)

Num passado não tão distante, lembro de que neste período eu enfrentava uma barra pesada: frustrado, coração ferido, desempregado, liso, depressivo, enfim,na pior.

O mundo respirava alegria, clima natalino e eu numa Down da mulesta.

No mais alto grau de pessimismo já desenhava o pior fim de ano de minha vida: o tédio estava prestes a me visitar.

Era 20 de dezembro, faltava apenas 04 para a ceia de Natal no Engenho Borba. Vai ser horrível, ninguém lá em casa, só nossa família, o mesmismo de sempre. Vixe! Lá vou eu nessa empreitada.

Meu Pai pede que eu relacione o que preciso para preparar a Ceia de Natal.

Já tinha dito que não estava com tesão pra preparar Ceia, haja visto que estava desempregado e liso, e por isso não tinha graça nenhuma pra mim.

Sr Benízio de Caju (meu Pai), sábio como sempre, retruca:

-Deixe de besteira! Veja o que precisa e me diga que eu dou o dinheiro!

Eu não queria dar trabalho, mas esqueci do amor que minha família sempre teve por mim e que estava ali prontinho pra usar nessas horas, como sempre foi.

Engoli o orgulho e fiz o que meu velho pai pediu.

Comprado os ingredientes me preparava para produzir a ceia. Na noite da véspera de Natal preparei os pratos.

Quem conheceu meu pai sabe o quanto ele era conservador no paladar, rejeitava qualquer coisa que fosse além do tradicional: feijão,arroz, farinha e carne.

Estranhei que nessa noite ele provou de todos os pratos, todos que presenciaram estranharam a novidade e a cara era uma só, como se quisesse dizer: Oxe! Pai vai comer isso?

Depois de passado o fato, relendo a cena, conclui que meu pai para me ver feliz abriu mão dele mesmo, abdicando do seu conservador paladar de mais de 70 anos, que nem a própria esposa conseguiu mudar. Isso é Amor!

Ele sabia quanto seu caçula sofria em suas crises depressivas e sabia que tava barra.

De forma estratégica usou do momento para, como sempre ensinar sobre O AMOR. Nas coisas mais simples ele dava aula de AMOR.

Ceamos, contamos piada, rimos e minha depressão sumia a cada gota de amor compartilhada ali pela minha família.

Nesse dia decretei que Natal só com amor!

Luzes, presentes, amigo secreto, nada disso tem valor se não houver Amor.

E por pior que seja a família é somente lá que aprendemos os primeiros passos de AMOR.

É nas dores que a família chega junto. Chora conosco; Sofre conosco.

Por mais errado que estivermos, mesmo assim seremos amados por eles. Amam sem nada em troca, sem condição alguma, Amam simplesmente por amar,; essa é a condição.

Agradeço a Deus todos os dias pela minha família e pelas crises vencidas.

Reflitam: como viveria essa experiência rica se não fosse a dor e a crise que enfrentei e venci?

Ouvi num vídeo de Haroldo Dutra Dias: “Todo sofrimento tem prazo de validade, toda provação tem hora certa para acabar”

Ame sua família.

Caso ache que sua família não vale a pena, releia ela.

Acredito que Deus em sua plena perfeição não iria ser incompetente, logo com você.

Acha que sua família precisa mudar e não muda? Mude você que a coisa flui.

Parafraseando e adaptando uma clássica frase do meu amigo Winston de Souza que falava do poder do dinheiro, peço desculpas pela adaptação que fiz, mas é por uma boa causa. Portanto lá vai:

“O AMOR resolve tudo; se não resolveu, é porque foi pouco; bote mais uma pitada de AMOR que resolve”.

Viva o Amor!

Viva a Família!

Viva a superação!

Viva Sr Benízio de Caju!

Viva Dona Rilda!

Viva Deus e morra o Diabo!

Benízio Filho (Duy)