Diretores da PF também avaliaram entregar cargos…

Alguns diretores da Polícia Federal também avaliaram pedir demissão caso a tentativa de interferência do presidente Jair Bolsonaro no posto de superintendente da corporação no Rio de Janeiro não fosse freada.

Esse teria sido outro fator para o chefe do Executivo recuar na escolha do nome do novo chefe da PF no estado.

No último sábado (17), o blog do Matheus Leitão informou que ao menos três superintendentes da Polícia Federal ameaçaram entregar os cargos.

Além do diretor-geral, Maurício Valeixo, e a Corregedoria-Geral de Polícia Federal (COGER), sob o comando de Omar Gabriel Haj Mussi, há outros sete diretores na corporação:

  • Disney Rosseti, diretor-executivo;

  • Igor Romário de Paula, diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado;

  • Delano Cerqueira Bunn, diretor de Gestão de Pessoal;

  • Claudio Ferreira Gomes, diretor de Inteligência Policial;

  • Fábio Augusto da Silva Salvador, diretor técnico-científico;

  • Roberval Ré Vicalvi, diretor de Administração e Logística Policial;

  • William Marcel Murad, diretor de Tecnologia da Informação e Inovação.

Historicamente, a direção-geral sempre teve liberdade para realizar as nomeações de diretores e superintendentes.

Na última quinta-feira (15), contudo, Bolsonaro anunciou a saída do delegado Ricardo Saadi da chefia da superintendência no Rio. Em seguida, na sexta (16), o presidente ainda contestou a escolha do substituto, dando como certa a nomeação de Alexandre Silva Saraiva, delegado com quem teria mais proximidade.

A PF, por sua vez, anunciou o nome de Carlos Henrique Oliveira, atual superintendente em Pernambuco. Quando soube da crise instalada na corporação, com ameaças de demissão de superintendentes e diretores de divisão, Bolsonaro cedeu e aceitou o nome de Carlos Henrique Oliveira.

Dentro da Polícia Federal, a tentativa de intervenção presidencial reacendeu a ideia de se discutir a necessidade de um mandato para o cargo de diretor-geral.(Magno Martins)