Dia do doador de medula: transplante une famílias no Recife

Agência Brasil

Primeiro, surgiu um nome que a família dos gêmeos Mateus e Cauã não conhecia – doença granulomatosa crônica, que afeta o sistema imunológico-  e um diagnóstico raro, que fazia com que os garotos moradores do Recife (PE) ficassem constantemente internados desde o primeiro ano de vida.

Segundo os médicos, a cura poderia vir apenas com transplante de medula óssea, um nome diferente também, que virou sinônimo de salvação. Após um ano e meio de espera, chega a grande notícia para a família dos meninos que tinham então três anos de idade: um doador cadastrado compatível foi avaliado . Era também um pernambucano, o administrador de empresas Thiago Cardoso. Deu certo.

As famílias ficaram amigas. Cinco anos depois, os meninos, agora curados, pediram há dois meses que o irmão caçula tivesse o nome do “anjo” que os ajudou. Agora, os meninos vivem às voltas em admirar o bebê Thiago, que nasceu sem a doença e tem nome e significado de alívio.

Histórias de finais felizes, com tantos diferentes nomes, como a dos gêmeos recifenses, são possíveis porque o Brasil, no sistema público, mantém o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome/INCA).

Doação

Atualmente, o número de doadores cadastrados no sistema é de 5,2 milhões de pessoas. De acordo com a coordenadora técnica do Redome, Danielli Oliveira, é importante para o país a manutenção do cadastro, porque a compatibilidade não é simples. Para se ter uma ideia, mesmo irmãos com o mesmo sangue têm uma chance de 25% de serem doadores no caso de medula óssea. Entre desconhecidos, a possibilidade vai para um caso a cada 100 mil.