Comissão do Senado aprova projeto de lei que estabelece feriado nacional em homenagem a Irmã Dulce

Portal Folha de Pernambuco
Comissão de Educação do Senado aprovou um projeto de lei que cria o feriado de Santa Dulce dos Pobres, que deve ser celebrado em 13 de março (PL 4.028/2019).
A proposta, de autoria do senador Angelo Coronel (PSD-BA), segue para análise na Câmara dos Deputados, e, se aprovada, precisará ser sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro para entrar em vigor. 
Inicialmente, a proposta era que o feriado nacional fosse comemorado em 13 de outubro, dia da canonização da Santa, mas o senador Flávio Arns (Podemos-PR), relator do projeto, manteve o feriado no dia 13 de março, dia da morte da religiosa, em 1992. Segundo ele, as tradições religiosas da Bahia já dedicam esse dia à lembrança da Santa.
Irmã Dulce é a primeira santa brasileira da Igreja Católica e ficou conhecida por se dedicar aos mais pobres.

Conheça a trajetória da Santa:

Religiosa da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, Dulce nasceu em Salvador/BA em 26 de maio de 1914 e morreu na mesma cidade em 22 de maio de 1992. Ela foi beatificada em 22 de maio de 2011, em cerimônia presidida pelo papa Bento XVI.

A causa da canonização de Irmã Dulce teve início em janeiro de 2000, mas somente em outubro de 2010 a Congregação para a Causa dos Santos, deu voto favorável e unânime reconhecendo a autenticidade de um milagre atribuído à Irmã Dulce.

Em 2001, orações à ela teriam interrompido a hemorragia que acometia Cláudia Cristina dos Santos por 18 horas, após o parto do segundo filho. Já em 2014, quatorze anos depois de perder a visão por conta de um glaucoma, o maestro José Maurício voltou a enxergar. Ambos atribuem os milagres a Irmã Dulce.

Aos 13 anos, antes de se tornar freira, o “Anjo Bom da Bahia”, como é conhecida, já atendia doentes no portão de casa. Com o hábito religioso, em 1935, na comunidade dos Alagados, composta por palafitas, Dulce dava assistência aos moradores.

m 1949, ocupou o galinheiro do Convento de Santo Antônio e lá abrigou 70 doentes, numa época em que a carteira de trabalho assinada era requisito para o acesso aos hospitais públicos e milhares de pessoas não tinham a quem recorrer. Nesse local, surgiram as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), que atualmente atende 3,5 milhões de pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS).