Carreras é carta fora do baralho

Se há algo consensual em Brasília, entre o Salão Verde da Câmara e os tribunais superiores, diz respeito à inviabilidade de uma possível candidatura do deputado Felipe Carreras, dissidente do PSB e punido pelo partido, à Prefeitura do Recife. Não há uma só alma viva que acredite na possibilidade dele ultrapassar as barreiras quase intransponíveis à sua frente, para reverter o tombo dado pelo PSB.

Vítima de uma cassação branca, por ter votado a favor da reforma da Previdência, castigo que o afasta de comissões temáticas e de quase todas as atividades no Congresso como representante da legenda socialista, Carreras aguarda o resultado de uma consulta ao TSE para sair do partido sem perder o mandato.

A sustentabilidade jurídica tem chances próximas a zero para uma manifestação positiva da corte. A ele, só restará se curvar no apoio ao pré-candidato do PSB, João Campos, ou fechar uma aliança branca com a oposição.  (Magno Martins)