As opções do senador Fernando Bezerra Coelho …

Ao lado do prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, o senador Fernando Bezerra Coelho foi um dos poucos vitoriosos do processo eleitoral do ano passado no grupo oposicionista que perdeu a eleição para a Frente Popular, quando reelegeu Fernando Filho para a Câmara Federal e elegeu Antonio Coelho para a Assembleia Legislativa de Pernambuco. Fernando tentou se cacifar para a disputa, mas acabou ficando de fora e apoiando Armando Monteiro.

O principal fator que o inviabilizou para a eleição foi o imbróglio jurídico envolvendo o MDB, que por uma liminar do ministro Ricardo Lewandowski, está parada até hoje a troca de comando do partido em Pernambuco. Apesar disso, a situação não foi de toda ruim, uma vez que já há um indicativo do diretório nacional proibindo a renovação do diretório estadual, o que certamente obrigará o ministro Lewandowski a tomar uma posição até julho deste ano.

Caso confirme o comando do partido em julho, o senador que já é filiado, poderá filiar o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, à sigla e naturalmente terá uma importante máquina partidária para pavimentar sua candidatura ao governo de Pernambuco em 2022, uma vez que a reeleição para o Senado enfrentando em tese o atual governador Paulo Câmara seria dificílima, devido o capital político obtido pelo governador nas eleições do ano passado.

Na hipótese de não conquistar o comando do MDB em julho, Fernando ainda tem uma opção bastante interessante. Na condição de senador, e tendo o filho prefeito de Petrolina, Fernando tem um ativo político importante para qualquer partido, e o caminho natural seria o DEM, pois os deputados Fernando Filho e Antonio Coelho já estão na legenda, e a entrada de um prefeito e de um senador garantiria força suficiente para convencer a executiva nacional do partido a proporcionar-lhe o comando no estado.

Um dos grandes empecilhos para o senador trilhar um caminho próprio rumo ao Palácio do Campo das Princesas foi não ter um partido para chamar de seu, mas agora as circunstâncias políticas e eleitorais lhe deram a possibilidade de ter pelo menos o comando de um partido importante, podendo até ficar com as duas siglas, DEM e MDB, na melhor das hipóteses, para pavimentar sua postulação ao governo de Pernambuco na sucessão de Paulo Câmara. (Edmar Lyra)