Ajustes para imprimir marca pessoal…

Por Arthur Cunha – especial para o blog

O governador Paulo Câmara cumpriu o prometido e mandou para a Alepe a reforma administrativa do governo. Os ajustes são para imprimir a marca pessoal do socialista na gestão. Diferente de 2014, Câmara está montando o time ao seu modo. Ouve conselhos, recebe sugestões, joga o jogo político. Mas está deixando claro ao PSB e à base aliada que a palavra final é sua. Não vai mais tolerar intromissões. A postura está clara, inclusive, nas conversas que já teve com interlocutores das legendas aliadas. O final de semana vai ser de articulações. Paulo quer ter tudo pronto antes da virada do ano. Como o próprio já disse: é muito “dever de casa” para fazer.

Como este Blog antecipou com exclusividade, há mais de uma semana, Paulo vai mesmo recriar Recursos Hídricos, que receberá ainda as atribuições de Transportes, virando a Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos. Além de cuidar das estradas, a pasta vai tocar as políticas públicas de saneamento e convivência com a seca, uma preocupação do governo. Roberto Tavares, presidente da Compesa, segue como principal nome para o posto – um dos melhores quadros da gestão, também tem articulação política em Brasília.

Outra certeza é o nome de Cloves Benevides para a nova Secretaria de Políticas de Prevenção às Drogas. O atual titular do Desenvolvimento Social é um dos expoentes nacionais da área. Resta saber se continuará como indicação do PP ou irá para a cota pessoal governador. Sabe-se, também, que a área de Esportes volta para a Educação. E que Fred Amâncio ficará no cargo, tendo Diego Perez como executivo da área. Turismo, com o desmembramento, vai ser negociada com as siglas da base. Quem levar, pega também a Empetur. Isso quer dizer que Felipe Carreras não volta mesmo para o governo, seguirá em Brasília.

Outra mudança é a fusão das pastas de Cidades e Habitação, que passará a ter o nome de Desenvolvimento Urbano e Habitação. Para o cargo, Paulo aguarda o “sim” de Fernando Dueire, suplente do senador eleito Jarbas Vasconcelos, que entrará como cota do MDB – o partido ainda pleiteia outra secretaria para abrigar o grupo do vice-governador e deputado federal eleito, Raul Henry. Os emedebistas, contudo, têm certo receio com as contas da Secid, atualmente sob a batuta do PSD. O partido de André de Paula ainda não sabe para onde vai. O bastidor é que a legenda, que também comanda o Detran, terá seu espaço reduzido.