Aécio: “Municípios não podem continuar sendo patinho feio”…

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Durante encontro com mais de 30 prefeitos, ontem (9), na capital amazonense, o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, defendeu a necessidade de refundar a Federação do Brasil, para que os municípios sejam mais bem tratados pelo governo federal. Ele disse que, se eleito, vai reconstruir a federação para impedir que o Executivo federal seja o único a definir as prioridades em cada uma das regiões.

“Os municípios não podem continuar sendo o patinho feio da Federação, dependendo em tudo da boa vontade e do bom humor de quem está no governo central. Não podemos mais permitir que as desonerações que o governo federal faz incidam sobre a receita dos municípios e dos estados. Isso faz com que a saúde, a educação e a segurança fiquem com menos recursos. Temos que garantir a alforria dos municípios brasileiros”, disse Aécio, que também participou de carreata em Manaus.

O tucano ressaltou que não é possível governar o Brasil sem que os municípios tenham mais autonomia. Acrescentou que pretende fazer um pacto com todos os municípios para que eles possam resgatar a capacidade de investimento. “Hoje é atendido quem é amigo do rei ou da rainha, e o dinheiro é público. Não existe essa história de dinheiro federal, dinheiro estadual e dinheiro municipal. O dinheiro é público e é assim que tem que ser tratado: de forma republicana”.

O candidato do PSDB prometeu que, se eleito, vai garantir o resgate dos investimentos, com serenidade, tranquilidade para que o Brasil volte a crescer, respeitando os municípios. “Vamos garantir no nosso governo respeito a todos os municípios, independentemente do partido ao qual esteja filiado o prefeito. É disso que o Brasil precisa: descentralização, eficiência e solidariedade com as pessoas”.

Em relação às denúncias de fraude em biografias do Wikipédia, Aécio Neves considerou “um absurdo o que vem ocorrendo”. E acrescentou: “É mais uma demonstração do autoritarismo desse governo que acha que tudo pode, acha que é dono do país e até da história das pessoas”. Para o tucano, “está na hora de a presidenta da República dizer, com muita clareza, que providências está tomando”. (Agência Brasil)