Virada na RMR credencia PSB. Fatura do PT pode vir em 2020…

Em Pernambuco, o resultado das urnas, ontem, foi marcado por uma virada na Região Metropolitana. Nacionalmente, a vitória de Jair Bolsonaro, do pequeno PSL, com 55% contra 44% de Fernando Haddad, rompeu a habitual polarização entre PT e PSDB. No Estado, o governador Paulo Câmara entregou o resultado prometido ao PT. No Recife, Fernando Haddad obteve, neste 2º turno, 52,50% (tinha 30,05% no 1º turno) contra 47,50% (tinha 43,14%) do capitão reformado. Como a coluna cantara a pedra, virar o placar na RMR era a meta estabelecida pelo Palácio das Princesas para essa segunda fase da campanha. A virada repetiu-se em cidades como Olinda, onde Haddad atingiu 56,51% (tinha 34,56%) e Bolsonaro, 43,49% (tinha 40,24%,). Em Jaboatão, o petista teve 53,38% (tinha 33,91%) contra 46,62% do capitão (tinha 43,18%). No último discurso, feito ao lado de Fernando Haddad, em Pernambuco, na última quinta-feira, Paulo Câmara prometera: “O povo de Pernambuco não vai te faltar”.

Diz a máxima que promessa é dívida e a apuração, ontem, no Estado, terminou assim: Haddad com 66,50% e Bolsonaro, com 33,50%. A necessidade de reverter o placar a favor do petista ganhou mais eco nos corredores do Campo das Princesas depois que pesquisa Ibope indicara, na última terça-feira, que Haddad passara a liderar a corrida na Capital paulista. A referida amostra indicava o seguinte: Fernando Haddad com 51% x Bolsonaro, com 49%. O petista terminara o 1º turno, lá, com 19,7%, enquanto Bolsonaro tivera 44,58%. Ontem, encerrada a apuração, a cidade de São Paulo deu 60,38% a Jair Bolsonaro e 39,62% a Haddad, o inverso do que a amostra do Ibope sugerira. Na corrida de 2º turno pelo Palácio dos Bandeirantes, o socialista Márcio França (48,25%) foi derrotado pelo tucano João Doria (51,75%), o que contribui para reforçar o peso da ala pernambucana do PSB. Entregando o que prometeu no 2º turno, além de ter colaborado para a reeleição do senador Humberto Costa, o governador Paulo Câmara sai da disputa como credor do PT para eleição de 2020 no Recife. (Renata Bezerra de Melo)