Sem Jarbas e Armando, disputa pelo Senado pode ter nomes novos …

Na hipótese de o deputado federal Jarbas Vasconcelos não ser candidato a senador por conta do imbróglio envolvendo o diretório estadual do MDB, e Armando Monteiro ser candidato a governador pela oposição, muitos nomes surgem como novidades que representam chances reais de vitória para a Câmara Alta e que podem significar uma renovação dos 2/3 da representação de Pernambuco no Senado Federal.

O primeiro nome é o do ministro da Educação Mendonça Filho, que já foi deputado federal por três mandatos, vice-governador por dois e governador por nove meses. A sua atuação foi irretocável no MEC ajudando prefeitos independentemente das matizes partidárias. Como são duas vagas em disputa, além de ter os votos da sua chapa, Mendonça terá a simpatia dos prefeitos que tiveram a sua ajuda no ministério. Diferentemente da disputa de federal onde a maioria já tem compromisso, tentando o Senado, Mendonça poderá contar não só com a simpatia como também com a contribuição deles para chegar ao mandato. Aos 51 anos, o ex-governador teria na disputa pelo Senado uma condição infinitamente melhor do que as eleições anteriores, inclusive pesquisas qualitativas já apontam a sua competitividade para o Senado.

O deputado federal Eduardo da Fonte também está no seu terceiro mandato de deputado federal, tendo sempre votações expressivas e uma atuação política que o coloca entre os grandes articuladores do estado. Se porventura vier a ser candidato a senador, igualmente disputará com boas chances de vitória pois tem uma tropa de prefeitos e deputados ávida para elegê-lo. Caso entre no pleito, enfim Eduardo da Fonte estará numa majoritária pois foi lembrado em 2014 para disputar o Senado e acabou declinando.

Por fim o nome do deputado estadual André Ferreira representa uma novidade no pleito. Representante do segmento evangélico e um nome leve com a credencial de ter sido duas vezes o vereador mais votado do Recife e integrante de um grupo político em franca ascensão em Pernambuco, André também tem condições reais de ser o primeiro senador de todos os eleitores evangélicos e ainda garantir o segundo voto da chapa que ele estiver presente. André ainda conta com a força de Anderson Ferreira que é um dos prefeitos mais bem-avaliados de Pernambuco. Esses três nomes, sem Jarbas e Armando no pleito, caso definam pela entrada na disputa, tendem a polarizar a disputa pelas duas vagas que serão abertas nestas eleições. (Edmar Lyra)