Música Que Tiro Foi Esse? é proibida de ser tocada em cidade nordestina…

Sucesso nacional e candidata a hit do carnaval de 2018, a composição Que tiro foi esse?, da funkeira Jojo Todynho, está proibida de ser executada em festas carnavalescas bancadas pela Prefeitura de Joaquim Gomes, município de Alagoas, de acordo com sites de notícias. A gestão teria determinado a censura como forma de acatar uma recomendação do comando da Polícia Militar da região, para quem a letra e os estampidos do refrão camuflariam a possível ação de bandidos.

A decisão teria sido tomada após reunião com representantes de blocos carnavalescos da cidade. Em declaração publicada pelo portal G1/AL, o comandante da 2ª Companhia de Polícia Militar, identificado como capitão Queiroz, explicou por que se insurgiu contra a composição: “A música traz esse som de disparo de arma de fogo. O uso de armas é proibido pelo Estatuto do Desarmamento. Não se pode incentivar o uso. A música também incentiva a violência contra a mulher. Todos os dias temos ocorrências com mulheres. A polícia tem a obrigação de proteger”.

Continua…

A cantora já havia rebatido, recentemente, tentativas de associar a música à violência. “Vamos acabar com o ‘mimimi’. Vamos parar de gracinha? Primeiramente, não fale o que você não viveu dentro de uma comunidade. Entendeu? Eu jamais faria uma música incitando, incentivando a violência. Aprendam a traduzir as coisas”, ela postou no Instagram. 

O hit se espalhou na internet com vídeos e memes nos quais pessoas se atiravam ao chão em calçadas, shoppings e outros locais públicos quando o refrão (que tiro foi esse?) era ouvido.

CENSURA
A música de Jojo Todynho amplia uma lista de músicas proibidas na região. Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público de Alagoas estabeleceu a censura sobre composições “consideradas impróprias”. Diz o documento acolhido pela prefeitura e por carnavalescos, segundo sites de notícias: “A prefeitura obriga-se a orientar as bandas e atrações a se abster de executar músicas e coreografias que façam apologia à violência, especialmente contra a mulher ou tenham conteúdo sexual explícito”. 

O Viver não conseguiu entrar em contato com a prefeitura ou a Polícia Militar. (Viver/Diário de Pernambuco)