Luiz Otávio Cavalcanti é demitido da Fundaj após denúncias de servidores da instituição…

Por Ricardo Antunes

O presidente da Fundação Joaquim Nabuco, Luiz Otávio Cavalcanti, nomeado pelo Ministro da Educação Mendonça Filho, em junho do ano passado, foi demitido do cargo. No pouco tempo que passou a frente da instituição, ele acumulou diversos atritos com funcionários e diretores com seu estilo “vaidoso” e “autoritário”. Bastante próximo ao ministro, o próprio  jornalista Fernando Veloso,  um dos seus assessores de marketing, o chamava de “trapalhão” e foi contra sua nomeação.

O estopim foi a nota de servidores da Fundaj denunciando o “aparelhamento” da instituição, “licitações dirigidas”, e a demissão que ele fez de uma servidora do Museu do Homem do Nordeste, quando estagiários e funcionários compareceram a um evento com um adesivo “Fora Temer”.  A coordenadora foi exonerada, os estagiários perderam sua bolsa, e os monitores foram demitidos, segundo  Sonia Dantas que faz parte de um grupo de antigos funcionários da instituição.

Para não sofrer mais desgaste político, Mendonça Filho, que  não sabia do fato,  preferiu pedir o cargo de volta.  Luiz Otávio Cavalcanti enviou uma nota entregando o cargo,  mas sem fazer qualquer menção às acusações.  Depois de mais de três horas o JC copiou a nossa informação mas não deu qualquer  crédito a notícia que antecipamos no começo da manhã.

Continua…

Confia a nota de Luiz Otávio.

“Prezados servidores da Fundação Joaquim Nabuco. O afeto me guiou na direção da Fundação Joaquim Nabuco. Numa Casa de bonitezas, meus esforços sempre foram para que produzíssemos, juntos e harmonicamente, uma obra de beleza. Não acentuo só às realizações físicas: reabertura do Pedra Bonita. Reinauguração do edifício Ulysses Pernambucano, no Derby. Recuperação do casario do engenho Massangana.

Quero destacar o intangível, ações invisíveis que protegerão perpetuamente a Fundação: pedido feito ao IPHAN e à FUNDARPE para tombar o conjunto dos prédios da Instituição, em Casa Forte e em Apipucos.

Bem assim outras iniciativas que ressaltam a cultura e a pesquisa: reinstalar o Seminário de Tropicologia; instituir o prêmio Geneton Moraes Neto de jornalismo; dar o nome de Manuel Correia de Andrade, Amaro Quintas e Sebastião Vilanova a áreas na Fundação; editar livro sobre a vida de Celso Furtado.

A vida vale a pena quando sentimentos têm seu lugar. Por isso, enxerguei a todos, sem distinção, com respeito e amor fraterno. Cumpri, com grande alegria, a tarefa que me foi confiada pelo ministro Mendonça Filho.

Para ser justo, não a cumpriria sem o apoio de Sua Excelência e da equipe do MEC. Agradeço a colaboração de cada um dos servidores desta Casa de saberes e de fazeres. E me despeço com “senso do infinito na palma de minha mão.”

Muito obrigado. Luiz Otávio Cavalcanti.